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TRF-4 em alerta

STF mantém reserva sobre ameaça a julgadores de Lula

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Felipe Pontes - Marta Nobre, Edição

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Thompson Flores, esteve nesta segunda, 15, com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, para discutir providências sobre ameaças recebidas pelos desembargadores que julgarão no próximo dia 24, em Porto Alegre, o recurso contra a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Thompson Flores deixou o STF sem falar com a imprensa, após reunião de pouco mais de uma hora. Cármen Lúcia, por sua vez, fez a oção da reserva. A ministra preside também o Conselho Nacional de Justiça. O CNJ tem um departamento para cuidar da segurança de magistrados. Ainda em Brasília, o desembargador tem encontros marcados com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen, e com a procuradora-geral Raquel Dodge.

No início de janeiro, Thompson Flores enviou ofício à Cármen Lúcia e a outros órgãos, como a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF), para que fossem investigadas as ameaças recebidas pela internet e por telefone, direcionadas ao TRF4 e aos três desembargadores que julgarão o recurso de Lula: João Gebran Neto, relator; Victor Laus e Leandro Paulsen.

Na semana passada, o presidente do TRF4 assinou uma portaria suspendendo o expediente e dispensando funcionários de comparecem ao Tribunal no dia do julgamento de Lula. Preocupado com a segurança, ele também se reuniu com deputados do PT, a quem pediu cooperação para manter pacíficas as manifestações previstas em Porto Alegre, onde fica a sede da corte recursal.

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal, em julho do ano passado, a nove anos e meio de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente foi acusado de receber propina da empreiteira OAS na forma de um apartamento triplex no Guarujá (SP), em troca de favorecimentos em contratos na Petrobras.

A defesa de Lula nega as acusações e afirma ter ficado provado que Lula nunca foi nem seria proprietário do apartamento. Os advogados do ex-presidente alegam que ele sofre uma perseguição política por intermédio do Judiciário, numa tentativa de inviabilizá-lo politicamente, tática conhecida como law fare.

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