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Relatório dos EUA

Submarino argentino explodiu em menos de um segundo

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

O submarino argentino ARA San Juan, que desapareceu no dia 15 de novembro, teria explodido em menos de um segundo e todos os 44 tripulantes morreram de forma instantânea. Os dados são de um relatório elaborado pelo Escritório de Inteligência Naval da Marinha dos EUA, obtido pelo jornal La Nación.

Segundo a publicação, o especialista em acústica Bruce Rule analisou sinais detectados pelo equipamento de monitoramento no Atlântico, a 30 milhas da última localização reportada pelo ARA San Juan. Para ele, o submarino sofreu um colapso letal, liberando cerca de 5,7 toneladas de TNT a 380 metros de profundidade.

O chefe de comunicações da Marinha argentina, capitão Enrique Balbi, não confirmou a informação em resposta ao jornal, mas disse que o relatório é mais um indício do que aconteceu. “Não descartamos nada. Não deixa de ser o relatório de um analista, especialista em ruído”, disse. “Nós levamos isso em consideração. É mais uma indicação que é levada em conta, mas, no momento, não há nada concreto”, concluiu.

O ARA San Juan emitiu comunicados pela última vez na manhã de 15 de novembro na zona do Golfo de São Jorge, a 432 quilômetros da costa argentina. Poucas horas antes, o comandante havia comunicado a entrada de água no local das baterias, o que provocou um curto-circuito e um princípio de incêndio, problema que haveria sido resolvido, já que o submarino seguiu rumo à base, em Mar del Plata.

Duas empresas alemãs que forneceram baterias ao submarino são suspeitas de terem pago subornos para conseguir o contrato, em 2011, e terem oferecido peças de qualidade inferior, segundo informações da Bayerischer Rundfunk, cadeia pública de televisão e rádios da Alemanha.

O ministério do Interior da Alemanha confirmou ao veículo que recebeu por escrito, da Comissão para Assuntos Exteriores do Parlamento argentino, um pedido de informações sobre o caso. A petição foi remetida para o departamento de Economia.

Segundo a rede de televisão, Ferrostaal e EnerSys-Hawker assinaram em 2011 um contrato de 5,1 milhões de euros em troca de 964 baterias – em que há suspeita de subornos. A Ferrostaal diz que não tem nenhuma responsabilidade no caso, já que se limitou a mediar o contrato e cobrar uma comissão por ele. A EnerSys-Hawker, que substituiu as baterias, não se manifestou.

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