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Deuses de toga

‘Supremo age como míssil e mira para derrubar Bolsonaro’

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Autor/Imagem:
Major-Brigadeiro Jaime Sanchez - Foto Valter Campanato

Os deuses de toga abandonaram definitivamente suas designações constitucionais para dedicar-se exclusivamente à militância política e ao estrelato. Deixaram de lado as pautas de interesse da Nação, empunharam a estrela vermelha e foram à luta, no Brasil e no exterior.

Enquanto avolumam-se processos contra criminosos com foro privilegiado, suas excelências exibem mundo a fora sua verborragia falsa e venenosa, com dois objetivos: abarrotar ainda mais seus bolsos e impedir o prosseguimento da limpeza ética e do desenvolvimento econômico que se vislumbra com a reeleição do atual governo.

A arrogância, a soberba e a carapuça impediram os ministros Barroso e Moraes de comparecerem à sessão do Senado sobre ativismo judicial e separação dos poderes.

Barroso disse em um seminário internacional que as Forças Armadas estão sendo orientadas a atacar o sistema eleitoral brasileiro. Já
Fachin foi claro: “O que se tem dito no Brasil é sobre a ocorrência de um episódio ainda mais agravado do que o 6 de janeiro daqui do Capitólio”.

A mais recente heresia contra a credibilidade do Judiciário e a imagem do Brasil sucederá nos dias 14 e 15 de novembro, no Harvard Club, em Nova York.

No dia 14, ironicamente, nada menos que Fux, Alexandre de Moraes, Toffoli e Gilmar Mendes irão discorrer sobre “o Brasil e o respeito à liberdade e à democracia”.

Fux deveria explicar, no discurso de abertura, a razão do “desprestígio do Judiciário”, diagnosticado por ele próprio em palestra aos presidentes de tribunais estaduais de todo o país: “O nível de insatisfação com o Poder Judiciário é alarmante e se deve em grande parte a uma frustração da sociedade com o combate à corrupção”.

Em seguida, passará a palavra a Alexandre de Moraes, que dará exemplos do seu comportamento doentio, totalmente divorciado do significado de liberdade e democracia.

Dias Toffoli irá ensinar aos rábulas presentes os caminhos tortuosos para alcançar o cargo de ministro da Suprema Corte após ser reprovado duas vezes no concurso para juiz primário.

Finalmente, Gilmar Mendes irá explicar como consegue analisar dezenas de milhares de páginas de processos aqui no Brasil, vivendo a maior parte do seu tempo em Portugal. No dia 15, aspirantes a cargos num improvável governo Lula irão apresentar o tema “A economia do Brasil com o novo governo”, isso antes do processo eleitoral.

Em tempo: ao perceberem a gafe, os organizadores alteraram o título para “A Economia do Brasil no pós-eleição”. A seleção dos palestrantes foi feita rigorosamente pelo critério da imparcialidade. Senão, vejamos.

Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central do Brasil no governo de Luiz Inácio Lula da Silva; Joaquim Levy, ministro da Fazenda no segundo mandato do governo Dilma Rousseff; Pérsio Arida, presidente do Banco Central do Brasil no governo do padrasto do Plano Real e pai biológico do Foro de São Paulo, Fernando Henrique Cardoso; por último, Rubens Ometto, empresário recordista de doações de campanha nas eleições de 2014 e 2018.

O moderador será o quase desempregado Merval Pereira. Um perseguidor feroz de Jair Bolsonaro, autor de um artigo no Globo denominado “O Efeito Orloff”, fazendo um paralelo entre a derrota de Donald Tramp e as eleições de 2022. No seu artigo, invoca características que atribui a Trump, mas claramente o faz para estabelecer um paralelo com Bolsonaro: “Trump e Bolsonaro têm os mesmos arroubos autoritários que acabam sendo uma ameaça à democracia. Ambos se batem contra as instituições democráticas que limitam os poderes de um Presidente da República”.

Autoritário é um Judiciário que atropela as atribuições dos outros Poderes e a liberdade dos cidadãos sem possibilidade de reação. O risco à democracia está na forma como a imprensa desmamada apresenta e interpreta as notícias, distorcendo os fatos para manipular a opinião pública; nas manobras do Legislativo para boicotar as ações saneadoras e desenvolvimentistas do Executivo; e nas trapaças do Judiciário, interpretando e agredindo a Constituição Federal em proveito da criminalidade.

Enquanto o gado adestrado segue fazendo manobras convencionais, dentro das quatro linhas, o inimigo utiliza todo o estádio e redondezas para suas manobras ilegais e eleitoreiras. Hoje, os poderes da república estão em total desarmonia e a independência entre eles foi sequestrada pela Suprema Corte.

Dependendo das ações a serem desfechadas em defesa da Pátria, nossos palestrantes internacionais poderão tornar-se estrelas cadentes ou mísseis letais que partem céleres para a destruição do seu alvo. O 7 de Setembro poderá ser a data da nova independência. Reage, Brasil.

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