Ainda pulsa
Suspiro na Luz da Lua
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Quando a lua ascendeu como véu de prata no céu,
meus olhos vagaram entre estrelas,
tentando decifrar tua ausência
como quem busca um nome no vento.
Eu sabia
não estavas ali,
mas a solidão, com sua voz suave e cruel,
me fazia acreditar que o brilho era teu.
Mesmo distante,
meu coração não se deixava iludir,
pois era tua presença que ele ansiava,
como terra seca clama pela chuva.
Uma lágrima deslizou como cristal noturno,
e uma canção soprou no ar,
dizendo que tu não estavas ali.
Mas eu te procurei
na essência que habita meus silêncios,
te encontrei
no eco da saudade que mora em mim.
Então, beijei a lágrima como quem sela um pacto,
e deixei escapar um suspiro
não de dor,
mas de amor que ainda pulsa
na luz que a lua derrama sobre a noite.