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Tradição

Tapetes coloridos marcam o início de Corpus Christi

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Mariana Branco

Cerca de 600 jovens de paróquias de todas as regiões do Distrito Federal chegaram cedo nesta quinta (15) à Esplanada dos Ministérios, para deixar prontos os tradicionais tapetes da celebração de Corpus Christi. Feitos com materiais como areia, sal, serragem, palha de arroz, borra de café e tinta, os tapetes têm símbolos e personagens cristãos e serviram de passagem para a procissão que marca a data. A principal missa foi celebrada às 17h e a procissão ocorreu em seguida.

“São 25 grupos de paróquias e movimentos que trabalham com a juventude em todo o DF. Os tapetes são o local onde o Cristo Eucarístico vai passar, a imagem sendo conduzida pelo arcebispo [de Brasília, Dom Sérgio da Rocha]”, explica Aloísio Parreiras, da comissão de Corpus Christi da Arquidiocese de Brasília.

A celebração do Corpus Christi (corpo de Cristo, em latim) está relacionada ao sacramento católico da eucaristia, quando o pão (representado pela hóstia) e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Jesus Cristo após serem consagrados pelo sacerdote.

O trabalho de confeccionar os 160 metros de tapete para dar passagem à procissão é árduo. Cada quadro tem 5 metros de comprimento por 4 metros de largura e tem detalhes minuciosos. Em uma das figuras feitas pelo grupo Juventude de Ação Mariana, que se responsabilizou por dois tapetes, o rosto de Cristo preenchido com serragem tinha de ser cuidadosamente contornado por borra de café.

O tesoureiro Jubson Feliciano da Silva, de 26 anos, integrante do grupo, que reúne jovens de paróquias de Ceilândia, Sobradinho, Asa Norte, Asa Sul e Planaltina, explicou que são necessárias cerca de cinco horas de trabalho para o tapete “ficar do jeito que a gente quer”.

“Tem em torno de 30 pessoas trabalhando nos dois tapetes. Chegamos às 7h30 da manhã”, disse Jubson, que destacou a cooperação entre os colegas durante a tarefa. “É mais a interação. As pessoas se ajudam muito. Um vai buscar água, o outro passa a ferramenta.”

E outro pedaço do tapete, jovens do grupo Recomeçar, da Paróquia de São Pedro de Alcântara, no Lago Sul, se divertiam enquanto trabalhavam. “Mesmo usando luva a gente fica com a mão suja. Mas é um trabalho para Deus, a gente fica feliz”, disse a estudante Mariana Rizzo dos Santos, de 16 anos. “Nem precisa de muita gente, mas quanto mais, melhor”, acrescentou Lucas Ribeiro, 17 anos.

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