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resiliência e identidade

Tecnologia chega, finca raízes e ajuda Nordeste a crescer

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Autor/Imagem:
Abnoan José - Texto e foto

Nos últimos anos, o Nordeste brasileiro tem se destacado como um dos polos emergentes de inovação tecnológica no país. Uma região historicamente marcada por desafios socioeconômicos, agora passa por uma silenciosa revolução digital que vem se acumulando aos poucos, mas de forma consistente, sobre seu território.

Capitais como Recife, Fortaleza e Salvador lideram essa transformação. O Porto Digital, em Recife, é um dos maiores parques tecnológicos do Brasil e abriga centenas de startups e empresas voltadas para tecnologia da informação, comunicação e economia criativa. Criado em 2000, ele se tornou referência de como planejamento estratégico, investimento público e privado, e incentivo à educação podem mudar o rumo de uma cidade e de uma região.

O crescimento tecnológico não acontece sem pessoas preparadas. Universidades como a UFPE, UFRN e UFC têm desempenhado papel crucial na formação de mão de obra qualificada. Além disso, programas como o Arco Tech, em Salvador, e iniciativas privadas de ensino de programação e robótica nas periferias vêm criando novas oportunidades para jovens que antes estavam à margem da economia digital.

O Nordeste também vem se destacando pela criação de startups com impacto social. Plataformas que facilitam o acesso à saúde, educação e serviços públicos nas comunidades mais carentes têm surgido e ganhado reconhecimento nacional e internacional. Muitas dessas soluções foram criadas por nordestinos para resolver problemas locais, mostrando que a tecnologia pode, sim, nascer do sertão.

Apesar dos avanços, a desigualdade no acesso à tecnologia ainda é um entrave. Em zonas rurais e cidades menores, a conectividade ainda é precária. Faltam infraestrutura de internet, capacitação e incentivos para empreendedores do interior. A “tecnologia que veio acumulando” ainda não se espalhou de forma igualitária, mas há sinais de mudança.

A trajetória da tecnologia no Nordeste mostra que não se trata apenas de inovação, mas de resiliência e identidade. A região tem abraçado a transformação digital sem perder sua cultura e raízes. E, se continuar nesse ritmo, poderá se tornar um modelo de desenvolvimento tecnológico inclusivo e sustentável para o resto do Brasil.

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