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Sai passarela entra palco

‘Tem mudança boa acontecendo por aí’, diz Bárbara Fialho

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Autor/Imagem:
Anna Rombino

Aos 30 anos, Barbara Fialho está no auge de sua vida. Ela mantém a bem-sucedida carreira de modelo – entre seus principais feitos, é modelo de provas da Victoria’s Secret há sete anos – e agora investe na vida de cantora.

Em 2016, ela lançou o seu primeiro álbum, e agora se prepara para lançar dois singles com membros da família Marley: True Love Baby, em parceria com Stephen Marley, filho de Bob, e Um Beijo, com Jo Mersa Marley, neto do lendário músico.

Nesta entrevista ela falou sobre a vida nas passarelas, comentou sobre as críticas que o último desfile da Victoria’s Secret recebeu e explicou sobre sua relação com a música.

Confira:

Nesses sete anos trabalhando para a Victoria’s Secret, qual foi o momento mais marcante para você?

O meu primeiro, em 2012,. A banda do Bruno Mars pulou em cima de mim e eu estava com um chapéu gigante, uma bola, o maior salto do desfile, senti que era a hora de dançar, minha paixão pela música me ajudou, não deixei a bola cair, fiz o meu negócio direitinho, foi muito emocionante para mim, um momento especial, pois muita gente lembra dele, e é difícil ter um momento marcante, são tantas mulheres lindas. Foi um presente de Deus.

E como funciona o trabalho de modelo de provas?

Como as peças são muito elaboradas, nós começamos a formar cada look no final de março, começo de abril. São 60 modelos, algumas têm duas roupas, algumas têm uma só. É um trabalho mais detalhado e longo do que as pessoas imaginam. Minha função consiste em estar presente no ateliê, provando as peças, de março até o desfile. Minha rotina de exercícios e disciplina é o ano inteiro, porque eu não posso mudar de medidas. É muito bom porque aprendi muita coisa vendo eles desenvolver o desfile.

Neste ano, a marca foi muito criticada por não ter um casting diverso no desfile. Como você vê isso?

Acredito que esse foi o desfile mais inclusivo da Victoria’s Secret e estou muito orgulhosa deles, de coração. Acho que eles estão fazendo um esforço para que o casting seja cada vez mais diversificado, com mais tipos de corpo, mais tamanhos, belezas, etnias, e eu estou vendo essa mudança acontecer. Sei que às vezes a mudança não acontece tão rápido quanto a gente gostaria, mas o caminho do bem aplaude o esforço que eles estão fazendo e com paciência a gente vai chegar lá, juntos.

Vamos agora falar sobre música. Como essa nova carreira surgiu em sua vida?

Sempre sonhei em cantar. Comecei a tocar violão com nove anos de idade, presente do meu avô. Como desde os 15 anos trabalho como modelo, meu objetivo era ter sucesso primeiro nesse trabalho. Eu deixei de fazer faculdade, só terminei o segundo grau, para trabalhar. Então queria conquistar um espaço mais forte e sólido como modelo e estudar música, porque sem uma base sólida é muito difícil de evoluir, você tem que ter um mínimo de sabedoria até mesmo para conseguir comunicar no estúdio o que você quer. Eu trabalho nesse desenvolvimento há cinco anos, mas, profissionalmente, estou começando essa jornada. É um projeto longo, mas do mesmo jeito que construí minha carreira de modelo, sei que vou ter que trabalhar bastante para criar credibilidade como música profissional.

Quem são as suas referências?

Minhas maiores referências são as cantoras brasileiras. Marisa Monte, Gal Costa, Maria Bethânia, Ivete Sangalo, Bebel Gilberto, esses tons de voz tão lindos… São tantas. No Brasil temos muitas pessoas muito inspiradoras.

Você também compõe? Como funciona o seu processo criativo?

Sim, eu componho. Um Beijo, que é o nosso primeiro lançamento, é uma composição minha e True Love Baby, que é inglês, também é minha. Eu sou apaixonada por escrever. No caso de ‘True Love Baby’, veio a melodia de uma parte do refrão na minha cabeça, eu fui, gravei, continuei escrevendo na minha mente, sem papel, depois sentei no piano, peguei mais uma parte, depois fui pro estúdio, e foi crescendo. Cada música tem um processo diferente. Eu acredito que o meu forte seja melodia e harmonia, depois que eu construo a melodia, consigo construir a letra com mais facilidade.

Como você se sente trabalhando ao do do filho e do neto de Bob Marley?

Me sinto lisonjeada, orgulhosa, ansiosa às vezes, muito feliz! É uma mistura de sentimentos e sinto uma responsabilidade muito grande para com a família, porque eles estão me dando a mão e a oportunidade de atravessar uma ponte. Eles estão legitimando um projeto que eu trabalho há cinco anos para lançar.

E o que podemos esperar dos próximos lançamentos?

Uma música muito feliz, regada de amor, muito alegre. Uma mistura de Brasil, Jamaica e mundo! Eu fiz com muito amor mesmo. Vamos lançar o primeiro single agora no final de novembro, temos a True Love Baby, que está pronta e muitas outras composições e músicas que já começamos a gravar. Se Deus quiser, no final de fevereiro teremos um novo projeto com mais músicas, entre quatro e seis, um projeto menor do que o álbum mas maior do que um single.

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