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Furor do céu

Temporal em Brasília quase risca Samambaia do mapa

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Bartô Granja, Edição

Por mais constantes que tivessem sido os avisos do Inmet, muita gente não deu ouvidos. E o forte temporal que desabou sobre Brasília na noite desta quarta-feira, 18, pegou milhares de pessoas de surpresa. A chuva foi tanta, com tamanha violência, que por pouco não riscou Samambaia do mapa.

Naquela cidade, onde os estragos ainda estão sendo levantados, ao menos 21 mil casas ficaram sem luz e pelo menos mil tiveram alguma parte destruída. A ventania, que durou menos de 15 minutos, foi capaz de destruir postes de energia, quebrar telhas de casas e derrubar árvores. No amanhecer desta quinta, 19, mais de 10 mil residências continuavam sem energia elétrica.

Rodrigo Rollemberg visitou a área atingida. No levantamento entregue ao governador, foi dito que 15 mil residências estavam sem energia. Ele prometeu apoio às famílias e reforçar o policiamento por causa da falta de luz.

“A Defesa Civil vai orientar essas pessoas com relação à segurança das suas casas”, afirmou o governador. Segundo ele, os órgãos de assistência do governo devem avaliar caso a caso se as famílias necessitam de algum benefício.

Um centro de apoio foi montado pela Defesa Civil na quadra 115 de Samambaia Sul, para que os moradores procurem os agentes. O espaço foi instalado do lado a um Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), cujo muro da frente caiu.

Uma igreja da quadra 425, onde estava havendo culto na hora da ventania, foi o prédio mais atingido, segundo os bombeiros. Uma mulher ficou ferida, mas ela foi socorrida sem gravidade. A situação obrigou os moradores a sair das casas vizinhas por risco de desabamento. Segundo os bombeiros, um homem de 32 anos foi levado consciente ao Hospital Regional de Ceilândia com fratura no braço e escoriações.

“Nesse primeiro momento, vamos fazer uma avaliação prévia juntamente com a Defesa Civil e as casas em que encontrarmos algum tipo de dano estrutural, a Defesa Civil vai fazer a interdição e a realocação dos moradores, principalmente em casa de parentes ou vizinhos próximos”, afirmou o coronel Alan Araújo, porta-voz do Corpo de Bombeiros. A corporação não sabia estimar a quantidade total de pessoas feridas.

Na opinião do policial militar Wesley Rodrigues, que mora na região, ele testemunhou “um inferno na terra”. “[Você] Não tem noção do barulho que foi um poste de concreto caindo na frente da sua casa. Te assusta. Um poste, uma árvore, relâmpago e os pipocos das fiações elétricas. Foi complicado, triste.” Uma árvore acabou caindo em cima do carro dele.

Veja o vídeo enviado por uma internauta.

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