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Terceirizados ficam sem os salários e governo sem os serviços básicos

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Trabalhadores das áreas de limpeza, conservação, manutenção e alimentação que prestam serviço para empresas contratadas pelo governo de Brasília entraram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia realizada em frente ao Palácio do Buriti, na manhã desta quarta-feira (17), da qual participaram cerca de mil terceirizados, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal.

Apesar de estarem com os salários em dia, os empregados da Planalto Service, Juiz de Fora, G & E Serviços, Real JG Serviços e Servegel Apoio alegam não ter recebido o reajuste previsto na data base de janeiro deste ano (9% para quem ganha até R$ 1,5 mil e 7% para remunerações acima desse valor) e o acréscimo de R$ 4 no tíquete-alimentação, de R$ 20 para R$ 24. A categoria reivindica ainda a revisão do salário dos encarregados e fiscais. Para os funcionários da Planalto, falta o pagamento do 13º salário referente ao ano passado.

Os patrões justificam que não concederam os aumentos porque não receberam o repasse do governo. De acordo com a Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização, a equipe da Governança-DF analisa a dotação orçamentária para a liberação de verba às empresas. Além dessa secretaria, fazem parte da Governança os titulares da Casa Civil, da Procuradoria-Geral do DF e das Secretarias de Fazenda e de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis (Sindiserviços), cerca de 5 mil terceirizados compõem a categoria. Eles estão distribuídos principalmente nas Secretarias de Educação, de Turismo, de Cultura e de Desenvolvimento Humano e Social e nas administrações regionais.

“Orientamos todos os trabalhadores a fazerem piquetes em frente aos locais onde trabalham durante os dias de paralisação até que sejamos recebidos pelo governo ou pelas empresas”, destacou a presidente do sindicato, Maria Isabel Caetano dos Reis.

Com a paralisação, as escolas públicas devem ser as mais prejudicadas. A Secretaria de Educação, porém, não prevê modificação no horário escolar. O expediente também segue inalterado nas administrações regionais, nos albergues da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social e nas unidades de internações da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude.

No fim da tarde desta quarta-feira (17), representantes do Sindiserviços e das Secretarias de Relações Institucionais e Sociais, de Educação e de Gestão Administrativa e Desburocratização reuniram-se no Palácio do Buriti. No encontro, o governo garantiu que o repasse para o pagamento do mês de junho dos terceirizados comportará o reajuste previsto na data base de janeiro deste ano. Os demais meses serão pagos de forma escalonada.

Uma nova reunião com a participação do sindicato patronal foi agendada para esta quinta-feira (18). Só então será decidido se a greve continua. Também ficou acertado que os grevistas não serão mais orientados a fazerem piquetes em frente aos locais onde trabalham. Quem quiser trabalhar não será impedido.

Ádamo Araujo, Agência Brasília

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