Recuo nas falências
Termômetro geral, paulistas ganham fôlego na economia
Publicado
em
Caio Rinaldi
Os pedidos de recuperação judicial por empresas na cidade de São Paulo sofreram um recuo de 36,4% no primeiro semestre de 2017 em comparação ao volume registrado em igual período do ano passado, revela um estudo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborado a partir de dados da Boa Vista SCPC. Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 56 pedidos de recuperação judicial, enquanto, no período equivalente de 2016, o número chegou a 88.
Os setores de Comércio e Indústria, conforme o levantamento, apresentaram um recuo dos pedidos de recuperação maior do que a média, chegando a 64,7% e 44,4%, respectivamente. Por outro lado, o setor de serviços apresentou alta expressiva de 47,4%.
Enquanto isso, os pedidos de falência tiveram queda de 11,8% na mesma base de comparação, passando de 212 para 187. “A gestão financeira das companhias está melhor, demonstrando que houve preocupação com a organização das contas, de forma que não assumissem nenhuma grande dívida ou compromisso que não pudesse ser pago. O fluxo de caixa está mais equilibrado”, explica, em nota, o presidente da ACSP, Alencar Burti.
Ao decompor os dados de pedido de falência por setor de atividade, foi verificada uma queda de 29% na Indústria; recuo de 10% no Comércio; e alta de 2,7% em Serviços. “Indústria e comércio são setores mais dinâmicos e acompanham mais a melhora da conjuntura. A produção industrial subiu 0,9% no primeiro trimestre e as retrações estão diminuindo na indústria e no varejo”, comenta Burti. Já o desempenho do setor de Serviços, explica, reflete a maior dependência em relação à atividade interna.
O alívio na situação financeira das empresas, diz o executivo, contribui com a percepção de que o País começa a sair da “situação de calamidade” pela qual passou nos últimos anos. “Em geral os dados são bons e apontam que a economia está saindo da recessão, mas ainda não podem ser projetados em função do agravamento das crises política e institucional que o País enfrenta”, pondera Burti.