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Teve Francenildo, caseiro de Palocci, agora tem João, taxista de José de Filippi…

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Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo

Em depoimento à Polícia Federal no âmbito da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato, João Henrique Worn, o “taxista de confiança” do ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff (2010) José de Filippi Junior, disse que suas idas à UTC foram “sempre para buscar presentes destinados” ao petista.

Em 4 de março, o taxista foi conduzido coercitivamente e detalhou sua relação com Filippi. A Lava Jato investiga se Worn teria recebido propina da UTC para o ex-tesoureiro. No mesmo dia, Filippi também foi ouvido pela PF e afirmou que o taxista foi à empreiteira buscar “brindes” para ele.

O delegado federal Julio Sávio Monfardini questionou o taxista sobre os “presentes” que ele teria buscado na sede da empreiteira. “Como regra, pegava no subsolo sacolas de papelão tipo de marca de grife de shopping, sempre fechadas com algum grampo ou alguma etiqueta adesiva unindo as bordas. Em uma oportunidade pegou uma mochila com o logotipo da própria UTC. O declarante entrava na garagem e era recebido por algum funcionário da segurança do local”, diz o relatório da PF.

Segundo Worn, em duas oportunidades, em 2010 e em 2014, ele esteve na empreiteira “apenas para levar recibos eleitorais que o escritório político (de Filippi) pedia para entregar”.

“Ao longo dos anos (2010 a 2014), acredita que tenha ido até a UTC umas 20 vezes, porém dentro desse número estão também as viagens em que Jose de Filippi ia como passageiro e o declarante o aguardava do lado de fora. Como havia muita burocracia para entrar na empresa, era mais fácil o declarante estacionar do lado de fora e José de Filippi Jr. entrar a pé.”

Segundo o taxista, em nenhuma dessas idas ele teve contato pessoal com Ricardo Pessoa, dono da UTC. “Nunca lhe foi dito o conteúdo desses pacotes, até porque o declarante nunca questionou. O declarante sempre foi uma pessoa de confiança do senhor José de Filippi Júnior.”

Worn disse que, desde abril de 2013, vive de sua aposentadoria, “além de eventuais serviços de transporte que prestava a José de Filippi com o carro do comitê político de Mario Reale”, ex-prefeito de Diadema pelo PT. Filippi também foi prefeito da cidade por três mandatos.

estadao

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