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Tiroteio em Michigan foi de estudante contra próprios pais

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

Um estudante atirou e matou seus pais no campus da Universidade Central de Michigan nesta sexta-feira (2), antes de fugir e dar início a uma busca que já dura horas, informaram autoridades.

O incidente, ocorrido no início da manhã de ontem, levou a bloqueios no campus. Alguns alunos ficaram presos nas salas e nos dormitórios até o meio da tarde, enquanto a Polícia realizava uma grande busca pelo suposto atirador.

James Eric Davis, de 19 anos, identificado como universitário, ainda está foragido. Ele é acusado de matar seu pai, um policial, e sua mãe em um ataque a tiros dentro de um dos prédios de dormitórios. O porta-voz da Polícia da universidade descreveu como um “tipo de problema familiar”.

Não houve outras mortes.

O campus, localizado na cidade de Mount Pleasant, no centro de Michigan, ficou fechado por horas após o ataque a tiros às 08h30 (10h30 de Brasília), enquanto as autoridades federais, estaduais e locais procuravam por Davis usando helicópteros e cães policiais.

Oficiais fortemente armados se espalharam por toda a cidade, e moradores e estudantes tiveram que permanecer onde estavam e trancar as portas.

Funcionários da universidade anunciaram às 15h00 (17h00 de Brasília) que os alunos foram escoltados pela Polícia no momento de deixarem os edifícios.

“Agentes uniformizados estão ajudando as pessoas a deixar os prédios do campus. Eles irão passar em cada prédio”, afirmou a universidade em comunicado.

Suspeito conhecido pela Polícia – Davis, que mora no estado vizinho de Illinois, mas frequentava a faculdade em Michigan, era conhecido por agentes.

A Polícia o levou ao hospital na noite anterior aos disparos por um “tipo de incidente relacionado com drogas: uma superdose, ou uma má reação às drogas”, informou o porta-voz da Polícia do campus, Larry Klaus, em coletiva de imprensa.

Ele foi liberado pela equipe do hospital, informou Klaus.

Um legislador do estado de Illinois identificou as vítimas de Davis como seus pais, que viviam em um subúrbio de Chicago.

“O ataque a tiros na Universidade Central de Michigan hoje atingiu perto de casa”, tuitou o representante do estado, Emanuel Welch.

“Minhas mais sinceras condolências à família do agente da Polícia de Bellwood, James Davis Sr, e sua esposa, que foram baleados e mortos”.

Não ficou claro qual o tipo de arma que Davis usou, ou como ele a adquiriu.

O estado de Michigan permite o porte de armas com uma autorização, enquanto a Universidade Central de Michigan as proíbe em todo o campus.

A reação aos disparos foi rápida, com múltiplos alertas nas redes sociais e nos celulares poucos minutos após o incidente.

Foi pedido às pessoas que estavam fora do centro que se mantivessem distantes da zona, muitos deles pais que iam buscar seus filhos, já que em um dia o campus fechava pelo começo do “spring break”.

Ataque a tiros na Flórida – Os disparos foram feitos em meio a um renovado debate nos Estados Unidos sobre a violência com armas de fogo e o papel das forças de ordem em deter os possíveis atiradores, iniciado depois que 17 pessoas morreram em um ataque a tiros na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, na Flórida.

Nikolas Cruz, o responsável pelo ataque a tiros na Flórida, tinha antecedentes criminais por confrontos com as forças de ordem, que se viram atingidas por não terem evitado a tragédia apesar das múltiplas advertências recebidas.

Cruz usou um fuzil de assalto semiautomático em seu ataque, o que levou os alunos da escola a fazerem apelos públicos por mudanças nas leis de armas do país.

O presidente Donald Trump sugeriu treinar e armar alguns professores, realizar verificações mais rígidas de antecedentes criminais e um possível aumento na idade mínima para comprar um fuzil.

Mas a poderosa Associação Nacional do Rifle anunciou que Trump se opunha ao controle de armas, após um encontro com ele na quinta-feira.

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