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Um funeral

Tragédia mancha surpresa na volta de Tóquio

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José Escarlate

Embarcamos às 18 horas no aeroporto de Narita, em Tóquio, rumo a São Paulo, na primeira classe do voo da Japan Airlines. Apesar de longo, o voo foi tranquilo, chegando pela manhã. Estávamos de férias e iríamos para a casa da minha mãe, no Rio.

No terminal, Aurora fez uma ligação telefônica para ela, avisando que estaríamos lá duas horas mais tarde. Foi quando minha mãe soltou a bomba. O irmão da Aurora,  Corrêa de Araújo, conhecido apresentador de programas de televisão, havia se suicidado naquela noite com um tiro no céu da boca, em seu apartamento de Copacabana.

Tive que segurar para a Aurora não cair. O choque foi muito grande e ela chorou muito. No avião entre São Paulo e Rio, consegui um exemplar do Jornal do Brasil, narrando a tragédia. No Galeão, nos aguardavam nosso filho, Angelo e sua mulher. Ele era afilhado de batismo do Corrêa, que morou em nossa casa muitos anos, no Rio.

Abatidos, à tarde fomos ao sepultamento, no cemitério São João Baptista. Apesar da tensão e do choque, o fuso-horário nos derrubou.

PV

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