As autoridades chinesas pretendem elaborar uma “lista negra” de turistas do país que se comportem mal no exterior, depois de vários incidentes protagonizados por visitantes chineses.
A Administração Nacional do Turismo (ANT) estabelecerá uma base de dados de turistas com comportamentos inadequados, que será transmitida à polícia e até aos bancos, informa a agência estatal Xinhua.
A ANT explica que entre as atitudes consideradas como inadequadas figuram “os comportamentos antissociais nos transportes públicos, provocar danos à propriedade privada ou pública, faltar com o respeito aos costumes locais, sabotar exposições históricas ou participar em jogos de azar ou atividades pornográficas”.
Os culpados por tais comportamentos serão incluídos na “lista negra” por dois anos.
De acordo com dados oficiais, os chineses registraram 100 milhões de viagens ao exterior, incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan, ano passado.
Alguns casos provocaram constrangimentos para as autoridades de Pequim, como quando um grupo de turistas chineses protagonizou um escândalo na Tailândia por secar a roupa no aeroporto, defecar em público ou chutar um sino em um templo.
Também aconteceram problemas a bordo de aviões, com passageiros que jogam alimentos fervendo na tripulação. Em 2013, um turista chinês provocou muita polêmica ao escrever seu nome em uma escultura egípcia.
A ANT publicou um guia de boas maneiras para os turistas chineses, que receberam as recomendações de não colocar os dedos no nariz, não urinar na piscina e não roubar os coletes salva-vidas nos aviões.
Os turistas chineses gastaram o equivalente a US$ 102 bilhões no exterior em 20102, o que os deixa na liderança, à frente de americanos e alemães, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT).