Turquia denuncia genocídio de Israel contra palestinos

Em resposta à violenta repressão de Israel contra os manifestantes palestinos em Gaza, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan chamou de volta os embaixadores de seu país para os EUA e Israel, acusando Israel de “terrorismo de estado” e “genocídio”.

Segundo relatos, Erdogan está se lembrando dos embaixadores das consultas sobre a brutal repressão de Israel aos protestos da Marcha de Retorno na Faixa de Gaza, que chegaram a uma segunda-feira mortal quando pelo menos 55 palestinos foram mortos enquanto protestavam contra a abertura da embaixada dos EUA em Jerusalém. Quase 3.000 palestinos foram feridos nos protestos até agora.

“A Turquia reagirá com dureza. Nós retiramos nossos embaixadores de Washington e Tel Aviv para consultas”, disse Erdogan na NTV Television durante sua visita ao Reino Unido. “Também propomos a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Vamos conversar com muitos líderes.”

Erdogan também declarou um período de luto nacional de três dias para as vítimas palestinas.

Os confrontos entre palestinos e forças israelenses começaram em 30 de março no início de uma campanha de seis semanas pedindo o retorno das casas tomadas em 1948 para a criação do Estado de Israel. Ismail Radwan, uma importante figura do Hamas que lidera a campanha, disse à AP que os protestos continuariam contra Israel “até que os direitos do povo palestino sejam alcançados”.