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Presunção e pedantismo

Alerta! Quem sabe, faz; quem não sabe, ensina

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Autor/Imagem:
General Paulo Chagas

Caros amigos

Há muito, aprendi que a competência é a soma do conhecimento com a experiência. Isto é, para que alguém possa ser chamado de competente, é preciso que demonstre conhecimento e experiência naquilo que faz.

Isoladamente, a experiência me parece ser o fator mais importante da soma, na medida em que traz consigo as componentes acessórias da prática e do aperfeiçoamento (ensaio e erro).

Já o conhecimento, por si só, serve apenas para alimentar o ego do teórico e para enquadrá-lo na conhecida máxima, atribuída a Bernard Shaw: “Quem sabe, faz. Quem não sabe, ensina”!

Talvez chamando de tolice a sabedoria de um teórico, Shaw ainda acrescenta que “O cérebro de um tolo transforma filosofia em loucura, ciência em superstição e arte em pedantismo”.

Os teóricos preferem fazer parte do problema, não da solução! Normalmente, são incompetentes para fazer algo prático com o que aprendem nos milhares de livros que leem. São tolos, enlouquecidos pela filosofia, supersticiosos e pedantes.

Rudyard Kipling, escritor britânico, disse que todo o seu conhecimento vinha das respostas a seis perguntas: O quê?, Por que?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?”.

Se, na busca de soluções, submetermos um teórico às perguntas de Kipling, vamos descobrir que ele desconhece ou que, até mesmo, tem medo de fazer parte da solução e que, dificilmente, terá resposta para as perguntas: O quê fazer?, Quando fazer?, Como fazer?, e Quem vai fazer?”.

Pensando nisso, lembrei-me de um saudoso amigo, Gen Zenildo de Lucena, de quem fui Assistente durante parte do tempo em que ele foi Ministro do Exército.

Ele sempre nos alertava para o perigo da “objetividade burra” e da “cultura inútil”. Ou seja, a objetividade de quem não enxerga o lado anímico dos fatos e a cultura de quem a tem apenas por presunção!

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