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Estilo próprio

Um apê compacto, essencial e com a cara do dono

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

O estilista Daniel Bolson está à procura de um imóvel que fosse a sua cara. E ele conseguiu isso no centro histórico de Porto Alegre. O imóvel é o primeiro adquirido pelo arquiteto, que já morava no mesmo prédio, mas viu nesta unidade uma oportunidade de ter uma casa com a sua personalidade.

Com 36 m², o apartamento era todo original dos anos 1970, com cômodos divididos, carpete, louças na cor marrom e pouco ventilado. “Eu mexi em praticamente todas as paredes daqui, mudei completamente tudo”, conta Daniel, que também reformou toda a parte hidráulica e elétrica.

O primeiro passo foi integrar sala e cozinha e criar um conceito aberto nesta área. A sala foi ampliada e o quarto reduzido. Segundo o arquiteto, o desafio foi colocar todas as suas necessidades em um espaço compacto de forma organizada e esteticamente agradável.

A paleta de cores neutras foi selecionada para contribuir com a amplitude de espaço. Detalhes de madeira frejió aquecem o ambiente em contraste com o branco e o concreto.

A maior intervenção no espaço foi na janela da sala. Daniel instalou portas exatamente iguais às esquadrias das janelas do prédio e criou ali um balcão com floreira, permitindo mais entrada de ar e criando um canto para uma pequena horta.

Na cozinha e na lavanderia, para evitar que o varal ficasse muito aparente, ele criou uma divisória de madeira ripada. O armário sobre a pia ainda esconde outro varal e o aquecedor de água. A máquina de lavar também está embutida na marcenaria. No quarto, a solução para ganhar espaço foi usar uma arara como armário.

A decoração afetiva traz aspectos da personalidade do arquiteto. A bicicleta dobrável, além de decorativa, é funcional, usada para passeios na orla de Porto Alegre. A cadeira Thonet preta no quarto é um item de família, um clássico herdado da bisavó.

“Esse apartamento foi a minha primeira casa própria. Claro, o primeiro imóvel traz consigo uma série de expectativas quanto a espaços e materialidades. Mas isso nem sempre se viabiliza da maneira que imaginamos. Então há um amadurecimento, pode não ser a casa da vida toda, mas é uma etapa concluída”, finaliza Daniel.

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