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Pernambuco

Um dia de sol para curtir o Jardim Botânico Messias

Publicado

Autor/Imagem:
Acssa Maria - Texto e Foto

O céu acordou sem pressa no sábado, 3, pintado de azul límpido e sem uma nuvem para contar história. Um daqueles dias raros, em que o tempo parece desacelerar para dar espaço ao simples prazer de existir. Escolhi o Jardim Botânico Messias como destino, movido por uma vontade antiga de ouvir o silêncio das árvores.

Logo na entrada, fui recebido pelo cheiro fresco da terra aquecida e o canto das aves que pareciam dar as boas-vindas. O sol filtrava-se pelas copas, desenhando sombras vivas no chão como se a natureza brincasse de pintura. Havia famílias com piqueniques improvisados, casais de mãos dadas e crianças correndo atrás de borboletas — essas mesmas que pareciam flutuar no tempo.

Caminhei sem rumo entre trilhas de pedras e caminhos de terra, deixando o relógio no bolso e o pensamento leve. Os ipês, em flor, ofereciam espetáculo. Cada pétala caída era uma lembrança de que beleza também mora naquilo que se despede.

Num banco de madeira, sentei-me para observar um pequeno lago onde uma garça pousava com a elegância de quem sabe que o mundo tem pressa, mas ela não. Pensei em como os dias de sol são como pausas da vida — intervalos em que a alma se lembra de respirar devagar.

No Jardim Botânico Messias, descobri que a natureza não precisa dizer nada para nos ensinar tudo. E que, às vezes, a maior viagem está a poucos passos de casa, num banco de parque, sob um céu claro de outono.

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