Justiça
UM PAÍS DE VERDADE
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1.
Chegou o tempo das penas.
E tudo o que se desconstruiu será cobrado.
Não é questão de ideologia ou fanatismos.
É o tempo da JUSTIÇA.
2.
Naquela noite, o ex-presidente ficou penando:
“Porra, porque me odeiam tanto se eu só lutei pela democracia do Brasil?”
Naquela mesma noite ele foi colocado como réu e julgado culpado em todas as acusações. Culpado.
3.
E há quem diga que “o sujeito não tem noção do que fez. Tadinho!”
Tem, sim, e sabe que irá morrer cumprindo as penas.
4.
Há quatro anos eu escrevi um texto dizendo que o cara deveria arrumar a malinha e se preparar para ir para a cadeia. Nada ideológico; apenas JUSTIÇA.
“BOA NOITE, PRESIDENTE!”
1.
São 03h da madrugada. Estou com insônia, talvez medo. A sexta-feira 17 começou como se fosse sexta-feira 13: “O Brasil é ingovernável sem conchavos”. Bomba! Bomba!
2.
O dono da frase -em carta postada no whatsapp e twitter- foi um certo “autor desconhecido” e o texto foi enviado, de acordo com a imprensa comunista, Presidente, pelo senhor pessoalmente… SIM!.. Pelo senhor mesmo… A mensagem foi enviada a alguns grupos de seus seguidores nas redes para que eles divulgassem ao resto do país.
3.
Segundo o senhor, digo… Segundo o “autor desconhecido”, o “País está disfuncional”. Estou tentando entender até agora o que o senhor quis realmente dizer. Frase profunda, Presidente. Não cheguei ainda a nenhuma conclusão definitiva. Talvez se o senhor falasse sobre forças ocultas ou renúncia, com os meus parcos conhecimentos de História do Brasil eu conseguiria fazer algumas relações, inferências, inferências. Mas também, a esta hora da madrugada, Presidente… Eu também não sei mais se estou com insônia ou medo.
4.
No contexto atual, pode-se afirmar que o documento é explosivo; sim, pois tem o potencial de uma carta-bomba. Tá… Carta-tsunami, em ondas, Seria mais fiel ao difícil momento de enchentes e vazantes dos fatos e fotos e fakes que historicamente teimam em se repetir em nosso país. Como? O senhor acha mais transparente: carta-SOS? Não?…Tá: carta-desabafo. Ok!
5.
Hora de descansar, Presidente. Sejamos práticos: deixemos arrumadas umas trocas de roupa na pequena mala; vamos separar a escova de dente, o casaco militar de emergência, o coturno e colocar a família de sobreaviso. Não, não se preocupe, Presidente. É apenas por precaução, Ok? E, por favor, também deixe acesas todas as luzes do grande palácio, os celulares apagados e os cartões das contas no exterior quebrados e sumidos.
6.
São 05h da madrugada. A insônia parece melhorar; o medo não. Dia 25 está chegando e parece que não haverá mesmo retorno.
Vamos desligar e este telefonema-desabafo jamais aconteceu.
Boa noite, Presidente.
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Gilberto Motta é escritor, jornalista e ainda acredita no jogo transparente jogado “dentro das quatro linhas da Constituição”. Mora na vila pesqueira da Guarda do Embaú SC.