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Aliados

Um romance com amor atual que surgiu na II Guerra

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Mariane Morisawa

Aliados, em cartaz no Brasil, é um unicórnio no cinema hollywoodiano atual: não apenas um romance, gênero que caiu em desuso, como também uma história original. O filme dirigido por Robert Zemeckis mostra a relação entre os espiões Max Vatan (Brad Pitt), canadense, e Marianne Beauséjour (Marion Cotillard), francesa, que se encontram numa missão no Marrocos, durante a Segunda Guerra Mundial, fingindo ser marido e mulher. Eles se apaixonam, se casam e vão morar em Londres, mas Max é informado, quando já têm uma filha, que sua mulher é suspeita de ser espiã dos nazistas.

Aliados baseia-se numa história real descoberta pelo roteirista Steven Knight havia mais de 30 anos. “Fui ao Texas e ouvi de um britânico morando na região sobre dois espiões que se apaixonaram na França. Ele trouxe a mulher para casa, tiveram o bebê e então descobriu a notícia. O homem recebeu ordem de matar a mulher e cumpriu”, contou Knight. Não convém revelar se o desfecho no longa é o mesmo, claro.

Aliados tenta resgatar o clima de produções de antigamente, sendo a mais óbvia Casablanca. Muita coisa, cerca de 70%, foi rodada em estúdio, como era na época. “Isso contribuiu para o estilo”, disse o diretor, que cresceu no pós-guerra, assistindo a muitos filmes e séries de televisão sobre o assunto. “Elas estão no meu DNA. Mas não saí procurando um projeto sobre esse período”, afirmou Zemeckis.

Para Marion Cotillard, fazer Marianne foi, de certa forma, como voltar à sua infância. “Meus pais eram fãs do cinema americano dos anos 1940 e 1950. Foi por causa de atrizes como Audrey Hepburn, Ingrid Bergman e Katharine Hepburn que eu quis ser atriz”, contou. Seus figurinos são tão deslumbrantes quanto os que essas mulheres vestiam então. “Na maior parte das vezes, eu uso roupas horrendas. Mas tudo bem, elas são adequadas para os personagens”, disse a atriz francesa. “Nunca precisei ser uma princesa no cinema, como neste filme. Nunca quis ser uma princesa na vida, e sim uma atriz, mas sonhava com essas princesas da tela, essas mulheres maravilhosas como Greta Garbo ”

Mas a produção apresentou certas dificuldades. Brad Pitt precisou estudar francês, e Cotillard teve de aprender a manejar armas. “Bob (Robert Zemeckis) me pediu para amar as armas porque ele sabe que eu as odeio e dava para perceber.” Também havia a cena de sexo, dentro do carro, com uma tempestade de areia lá fora e a câmera girando em torno dos dois atores. “Ensaiamos muito, tínhamos uma coreografia específica, que dá liberdade. É uma situação estranha. Eu, Brad e Bob nos sentamos nesse carro falso para combinar tudo: agora fazemos isso, depois aquilo. Mas depois fica fácil. Quando você sabe exatamente o que seu corpo vai fazer, pode atuar e fica livre para interpretar a emoção.”

O pior veio após as filmagens, quando Cotillard foi apontada como pivô da separação de Pitt e Angelina Jolie, mesmo estando grávida de seu segundo filho com o namorado, o ator e diretor Guillaume Canet. A situação fez com que Cotillard se pronunciasse firmemente no Instagram, o que raramente faz. Profissional, manteve os compromissos de divulgação do filme normalmente.

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