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MARILEUZA E TIÃO

Uma paixão antiga que ainda queima no peito

Publicado

Autor/Imagem:
Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles - Foto Francisco Filipino

Marileuza é minha amiga e me deu permissão para contar sua história.

Marileuza, menina criada dentro dos preceitos morais e religiosos, então não faz muita coisa por causa destes preceitos.

Marileuza ama Tião desde a adolescência. Um amor que nem o tempo conseguiu corroer, mais de trinta anos de amor. Eita, amor doido!

Marileuza acha que Tião a ama também, mas não acredita muito no seu amor. Acha que ele só a quer como mulher.

Marileuza nunca cedia às investidas de Tião para um caso de verdade, por mais que insistisse, e ela me conta que as insistências eram ferrenhas.

Ela conta que muitas pessoas da família achavam que eles têm alguma coisa, e ela dizia: “Quem dera, se eu tivesse coragem, pois insistências e oportunidades não me faltaram, mas me falta a coragem de romper com os laços morais e religiosos em que eu fui criada.”

Vocês devem estar pensando: “mas que laços morais e religiosos são esses?” Mas o porém é que a Marileuza é casada, muito bem casada, e o Tião é amasiado.

Devem estar pensando o que é casada, bem casada? É que Marileuza é casada bonitinho, direitinho, respeita 100% o marido, mas tem um amor antigo por Tião. Dá pra entender a cabeça dessa Marileuza?

Eu, particularmente, admiro muito a Marileuza, pois sente esse amor louco, mas não traía o marido e a mulher do outro.

Pois bem, Marileuza vinha nesse dilema há anos e, agora, me deu uma notícia que nem acreditei. Há muito tempo ela me dizia que dava vontade de sufocar este amor, mas não tinha estrutura psicológica para isso. Apesar de dar assistência psicológica para outras pessoas. “Casa de ferreiro, espeto de pau.”

Sugeri, então, que fizesse psicoterapia para esse sentido específico, pois já fazia psicoterapia há muito tempo por conta de uma depressão. Gente, mas também como não ter depressão com esse dilema todo, a vida toda?

Contando ela, que já está fazendo psicoterapia para esse sentido específico há uns dez meses e, agora, chegou com a novidade: “Maria Lúcia, o Tião não existe mais na minha mente como amor de homem e mulher. Tenho amor nele como se fosse irmão. Gosto muito dele, mas agora, neste momento, acabei de enterrá-lo como amor da minha vida. E outra coisa, coloquei uma pedra bem pesada em cima para não ter a possibilidade de ser tirada. Só Deus com sua força poderá remover essa pedra, eu jamais a removerei.”

O interessante é que Marileuza me falou com tanta naturalidade, que até me assustei, pois muitas e muitas vezes vi Marileuza chorar desesperadamente que não poderia ficar sem este Tião, sem um telefonema. Ela tinha verdadeira dependência do Tião. Seu dia só ficava bom quando o Tião ligava. O Tião, por sua vez, não sei o que acontecia, tratava muito bem a Marileuza. Acho que tinha até amor por ela também, mas acho que tinha também uma certa restrição por ela ser casada.

Mas, me desculpem meus leitores masculinos: homem é fogo! Nessas investidas que dava, se a Marileuza topasse, chegariam aos finalmentes.

O bom nessa história toda é que a Marileuza está bem consigo mesma, e isso que é importante. Sempre falo pra ela: “Se cuide, guria, se você não gostar primeiro de você, quem vai gostar?”

Minha amiga Marileuza, te dou o maior dez por ter ficado livre desse fantasma que te acompanhou anos.

Se tiver mais novidades de Marileuza, publicarei.

Um abraço para todos.

Maria Lúcia

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