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Olha o umbigo...

Use a cabeça e deixe as paranoias para trás

Publicado

Autor/Imagem:
Paulo Bregantin

“Paranoica transtorno mental caracterizado por paranoia e por um padrão invasivo de desconfiança e suspeitas generalizadas em relação aos outros “

Na realidade um ser paranoico vive dentro de seu próprio “umbigo” (mundo) e, mantém uma forma única de entender as pessoas e as situações, ou seja, tudo passa pelo seu próprio crivo e, o que sai desse controle- filtro – crivo, passa a ser um processo de desconfiança com tudo e com todos. Nesse processo de desconfiança com tudo e com todos nascem reações que identificam claramente um paranoico.

Não queria caminhar nesse texto para o lado da Esquizofrenia paranoica, pois essa posição deve ser descrita e acompanhada por um profissional da área – Psiquiatra e, muito já se tem escrito sobre esse tema. Minha ideia é escrever para as “paranoides” mais comuns e, com pessoas comuns também. Não queria “criar” e muito menos “inventar” uma nova doença, quero apenas descrever algumas ações e reações que fica evidente um processo paranoico e ao descobrirmos ou entendermos essas ações e reações tenhamos possibilidades de diminuir os limites que a paranoia causa com muitas pessoas hoje em dia.

A paranoia se manifesta de algumas formas em homens e mulheres, é comum aparecer no trabalho. Por exemplo: João concorreu a um cargo em seu serviço e perdeu a promoção para um outro colega. João começou a pensar que era perseguido pelo seu supervisor, por isso, não foi promovido. Ele também imaginava que seus colegas estavam rindo dele por não ter conseguido a promoção.

Ele imaginava as fisionomias dos colegas de trabalho e “percebia ou imaginava” que eles debochavam dele o tempo tudo. Isso afetou muito seu desempenho no trabalho, a ponto de seu supervisor chamar a atenção dele. João então teve certeza que seu supervisor o perseguia e, na semana seguinte começou a procurar um outro emprego, pois começou a ter “certeza” que seria demitido, pois todos da empresa “segundo sua imaginação” estava falando e “boicotando” ele em todas as ações no trabalho. Bem, isso que descrevi acima é um tipo de paranoide.

Isso que descrevi acima acontece com uma infinidade de pessoas. Como escrevi acima não vou me fixar na patologia da “personalidade paranoica”, quero escrever e alertar que muitos de nós criamos essas “sensações fantasiosas e alucinatórias” principalmente em nossos ambientes de trabalho e muitas vezes familiares.

Essas sensações fantasiosas e alucinatórias” nascem da falta de não perguntarmos aos outros o que realmente está acontecendo no trabalho ou em casa pouco mesmo com nossos familiares. Ao perguntarmos o que está acontecendo ouviremos uma outra versão e, poderemos diminuir essas sensações fantasiosas e alucinatórias que criamos mentalmente.

Além de perguntarmos para os outros, podemos também exercitar a olhar as situações por outro ângulo, ou seja, respirar antes de falar, manter um pouco de calma antes de decidir, não “fechar” o circuito. Perceber que existem outras possibilidades para resolver uma situação e entender sobre essa situação.

Gostaria de me ater na palavra possibilidade, pois normalmente o paranoico não vê outra possibilidade a não ser aquela que foi elaborada em sua “mente”.

No descritivo acima sobre essa passagem do “João” ( nosso personagem) Se ele tivesse perguntado para os outros antes do término do processo de promoção, ele teria uma visão mais ampla da situação. Ele poderia tem perguntado a seu supervisor direto o que seria usado como base para as avaliações que seriam levados em conta para a promoções, pois aí ele saberia se está no páreo ou não. Enfim, poderia ter observado e até ter criado novas possibilidades.

A paranoide e o paranoico atual, ou seja, desse século tem como principal característica o estresse, sim, é uma pessoa extremamente estressado e, o estresse pode desencadear um processo paranoico. Diminuir o estresse pode vir através de promover no dia a dia um tempo para aquietar, silenciar e diminuir o ritmo.

O processo de aquietar pode acontecer de forma simples e com ações práticas como:

1. Respirar antes de tomar as decisões mais importantes.
2. Praticar algum tipo de esporte para diminuição de estresse.
3. Conversar com os amigos(as) mais chegados pelo menos uma vez por semana.
4. Manter o relacionamento com os familiares.
5. Ler um livro por mês, mas a leitura sem o objetivo de aprendizado ou capacitação

Silenciar não significa ficar quieto ante as situações da vida. Silenciar é pensar antes de falar, é aumentar as percepções das situações que acontecem no entorno da vida. Silenciar é uma forma de amadurecer nos relacionamentos, entendendo a diferença entre ouvir e escutar, pois a primeira é da ordem da natureza humano e a segunda é uma capacidade das pessoas que se humanizaram e amadureceram a ponto de entender que não falar, ás vezes, é sinal de sabedoria.

Diminuir o ritmo são ações praticas que devemos desenvolver nosso dia a dia, isso podemos fazer em nosso trabalho, no horário de almoço, nos nossos momentos de lazer e principalmente antes de dormir, onde podemos ir deitar uns quinze minutos antes e ali respirar e avaliar o dia vivido e como pretende viver o próximo.

A pessoa paranoica existe dentro de nós, porém, sei também que existe uma pessoa dentro de nós que almeja aquietar, silenciar e diminuir o ritmo. Busque essa pessoa dentro de você.

Se você é como o “João” em algumas situações de trabalho ou mesmo familiar, busque de alguma forma criar novas possibilidades.

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