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Fantasma norte-americano

Veneno criado contra o mundo começa a minar Trump em meros 100 dias

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Autor/Imagem:
Arimathéia Martins - Foto de Arquivo

Com um leque de adjetivos nada simpáticos a defini-lo, o cidadão Donald Trump é pior do que cobra cascavel. Mistura de jararaca com caninana, o presidente Donald Trump começou a experimentar do veneno criado para envenenar o mundo muito antes do que imaginavam os mais pessimistas. Racista extremado, homofóbico e xenófobo sem limite, o político republicano mordeu o próprio pescoço a já não sabe o que fazer para conter a grande besteira que foi a política tarifária, cujo efeito atingiu economias fortíssimas como a da China e deverá ferir de morte a adorada América do megaempresário.

Ele deu com os burros n’água, mas levou para o olho do furacão mais de 180 países, todos envolvidos na insana, estúpida e desproposital guerra comercial inventada pelo megalomaníaco líder. De consequências ainda imprevisíveis, o patético conflito econômico assusta todo o planeta, mas, como já era previsto, virou um fantasma para a economia norte-americana e para o povo estadunidense, cuja maioria está com o pote de mágoas bem próximo da boca.

Com pouco mais de 100 dias de mandato e popularidade beirando os pés, Donald Trump conseguiu a proeza de globalizar o ódio contra sua forma de ser, pensar, agir e de sonhar à noite para recuar pela manhã. Tanto que, além de externamente estar incluído no mesmo balaio de aprendizes de déspotas e de tiranos com doutorado, o presidente dos EUA convive atualmente com a repulsa de milhares de norte-americanos insatisfeitos com seu governo. Alguns são parte do eleitorado que o devolveu à Casa Branca.

Com a recessão no radar, o povo estadunidense tem rezado a Deus e ao Diabo para que os dias sob Trump passem mais rápido. Eu conheço bem de perto norte-americanos que não só perderam a paciência com a pantomima trumpista, principalmente com seus discursos de ódio contra imigrantes, mas também com sua mania de culpar Joe Biden pela dificuldade em não cumprir o que prometeu a seus eleitores. E são os primeiros 100 dias. Imaginem os próximos meses.

Alguns lembram, inclusive, que a terceira mulher do presidente, Melania Trump, é natural de Novo Mesto, localizada na antiga Iugoslávia, atual Eslovênia. Detalhes que certamente influíram na queda de popularidade do homem que se acha acima do bem e do mal e acima de tudo e de todos. Qualquer semelhança com aquele ex-presidente brasileiro não é mera coincidência. São farinha da mesma mandioca. São tão parecidos que, mesmo em baixa, ambos continuam se achando os reis das cocadas brancas. As pretas eles odeiam.

Gostem os não os “patriotas” daqui e de lá, o fato é que, independentemente do partido, 39% dos eleitores norte-americanos desaprovam o governo republicano. Conforme o jornal Washington Post e a rede de TV ABC, esse percentual é o pior dos últimos 80 anos. Entre os que votaram em Trump, a aprovação caiu de 94% para 88%. Reitero que tudo isso em apenas 100 dias. Como Deus deu veneno, mas não asas às cobras, tudo indica que, a exemplo daquele brasileiro sem mandato e ameaçado de recolhimento compulsório, o fosso está a um passo. Talvez seja uma questão de mais 100 ou 200 dias. Aguardemos.

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