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Relicário de doçura

Versos de âmbar e lavanda

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Brota em mim um jardim secreto,
onde o sentimento se abre como flor rara,
exalando o perfume de um tempo suspenso,
com notas de lavanda e brisa de desejo.

Minha pele, feita de alvoradas,
se curva ao toque do seu pensamento,
como ramos de safira que dançam ao vento,
envolvendo meu corpo com fragrância de eternidade.

Se eu te compusesse uma melodia,
seria feita de silêncios que cantam,
de acordes que nascem entre os suspiros,
e seus lábios ah, seus lábios
seriam cálices de violeta e âmbar,
transbordando o elixir que só os deuses conhecem.

Seu beijo é um relicário de doçura,
onde o tempo se dissolve em calor,
e cada toque é uma centelha que acende
os campos da minha alma.

Você é o verso que não se escreve,
mas se sente na pele como sol morno,
como chuva mansa que desperta
a terra adormecida do coração.

E se houver noite, que seja estrelada,
com constelações desenhadas por nossos gestos.
Se houver silêncio, que seja cúmplice,
do que só os olhos sabem dizer.

Porque entre nós, o amor não é apenas palavra
é alquimia,
é néctar,
é lavanda que floresce mesmo no inverno.

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