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Vigilantes aguardam julgamento sobre legalidade de greve

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Em greve há 40 dias, vigilantes do município do Rio de Janeiro esperam conseguir uma definição para o impasse na negociação com os patrões nos próximos dias. Em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ) não houve acordo entre a categoria e o sindicato patronal. Como nada ficou decidido, o processo foi encaminhado para o Ministério Público do Trabalho (MPT), que dará um parecer e devolverá o caso à Justiça do Trabalho. Com base no relatório, o relator do processo deverá julgar a legalidade da greve.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Rio de Janeiro (Sindivig), Sebastião Neto, além de decidir se a paralisação é legal ou não, a audiência vai definir o percentual de aumento que os empresários devem dar aos profissionais de segurança privada. “Esperamos que a greve não dure até a Copa e siga o exemplo do Mundial disputado na África do Sul, em 2010, quando os vigilantes dos estádios paralisaram as atividades e policiais federais tiveram que assumir a segurança”, disse.

Segundo o sindicato da categoria, a adesão ao movimento é 60%, o que afeta muitos estabelecimentos que precisam dos profissionais da segurança para operar, caso dos bancos. A população da capital fluminense tem sofrido com os transtornos causados com agências bancárias fechadas, que não podem funcionar sem segurança privada.

Os grevistas pedem um reajuste salarial de 10%, vale-refeição de R$ 20 por dia, além de 30% de adicional de risco de vida e periculosidade e diária de R$ 180 para os vigilantes que trabalharem no Estádio do Maracanã durante a Copa.

O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ) informou, em nota, que aguarda a decisão do TRT sobre a legalidade da greve e afirmou que assinou um acordo com metade dos sindicatos do estado prevendo um “aumento de 8% no salário, 30% no tíquete-refeição e regulamentação da lei de eventos. Os vigilantes do município do Rio recusaram a proposta do sindicato patronal, aceita por trabalhadores de outras cidades do estado.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as instituições financeiras estão “empreendendo todos os esforços para atender os usuários dos serviços bancários e ainda lamenta que a greve deflagrada pelo sindicato das empresas prestadoras de serviços de vigilância esteja prejudicando os clientes bancários”. Segundo a federação, por lei, os bancos são obrigados a contratar empresas especializadas em segurança.

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