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Violência impede prestação de serviços públicos no interior

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A violência na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que explodiu com a implantação das UPPs na capital, tirando o efetivo dos batalhões dos demais municípios, além de tirar o direito de ir e vir dos cidadãos das cidades do interior, agora atrapalha até a prestação de serviços públicos. A concessionária de energia elétrica Ampla, que atende 66 municípios do interior fluminense, entregou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), relatório, revelando a dificuldade de atender os municípios devido ao aumento da violência.

Segundo o relatório, 352 mil residências estão atualmente em áreas de risco nos municípios de Niterói, Itaboraí, Duque de Caxias, São Gonçalo e Magé. Em 2008, antes das UPPs, o número informado era de 75 mil clientes. Nestas áreas, a Ampla não consegue entrar para para fazer a manutenção da rede, por exemplo. O aumento foi provocado pela migração dos bandidos, vindos de comunidades hoje onde há UPPs. Sabendo de antemão da ocupação das favelas pela Policia Militar, os criminosos se transferiram para os municípios vizinhos, onde as UPPs não foram implantadas.

Mesmo com todos os números e fatos comprovando a migração da criminalidade, as autoridades estaduais de Segurança Pública, principalmente o secretário da pasta, José Mariano Beltrame, negam o fato.

Dados do Instituto de Segurança Pública, vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública, de março deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado, mostram um aumento de 23,36% nos casos de homicídio doloso em todo o estado: de 411 para 508. Para piorar a situação, policiais militares do Rio ameaçam entrar em greve em 15 de junho.
O Ministério Público Federal abriu investigação sobre a possibilidade de paralisação. Em nota, o órgão informou que vai apurar uma convocação, por meio de redes sociais. o procurador da República e coordenador do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial (Cgeap), Fernando Aguiar, que não tolerará qualquer tipo de paralisação por parte da Polícia Militar e poderá reprimir qualquer movimento com medidas judiciais.

Policiais civils do Rio resolveram aderir à paralisação nacional da categoria e vão cruzar os braços amanhã, por 24 horas, quando farão assembleia para decidir se fazem greve ou não. Os agentes vão atender todas as ocorrências de violência, como roubos, estupros e homicídios, além de prisões em flagrantes. No entanto, nenhuma investigação será realizada neste dia.
A remuneração base de um policial em início de carreira, gira em torno de R$ 939,14. Com as gratificações por tempo de serviço, cargo e do programa Delegacia Legal, pode chegar a R$ 3.700. A categoria quer que este última benefício, de R$ 850, seja incorporado ao salário, entre outras reivindicações. Em nota, a Polícia Civil diz que considera inadequada a paralisação porque há negociação em andamento.

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