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Lenha na fogueira

Washington ameaça Teerã com represálias por testes com mísseis

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O Irã enfrentará consequências econômicas e diplomáticas se avançar com os planos de lançar três veículos espaciais nos próximos meses, alertou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em um comunicado na quinta-feira.

“Os Estados Unidos não ficarão de braços cruzados e observarão as políticas destrutivas do regime iraniano colocarem a estabilidade e a segurança internacionais em risco”, disse Pompeo. “Nós aconselhamos o regime a reconsiderar esses provocativos lançamentos e cessar todas as atividades relacionadas a mísseis balísticos, a fim de evitar um isolamento econômico e diplomático mais profundo”.

Pompeo observou que o Irã anunciou publicamente planos para em breve disparar três veículos de lançamento espacial, ou foguetes que são usados ​​para transportar cargas úteis. Ele acrescentou que esses lançamentos incorporam a mesma tecnologia àquela usada em mísseis balísticos.

O principal diplomata dos EUA também disse que os lançamentos sinalizariam o “desafio” contínuo da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que endossava o acordo nuclear internacional e conclamava a República Islâmica a abster-se de qualquer atividade relacionada a mísseis balísticos capazes de entregar armas nucleares.

Pompeo observou que a França, a Alemanha, o Reino Unido e outros países em todo o mundo expressaram “profunda preocupação” com os testes que o Irã realizou desde a Resolução 2231, adotada em julho de 2015.

Ele também alertou que os lançamentos de testes têm um “efeito desestabilizador” no Oriente Médio e além.

Além disso, Pompeo acusou o Irã, que ele chamou de “maior patrocinador estatal do terror do mundo”, de compartilhar mísseis e tecnologia de mísseis com seus “representantes” no Oriente Médio, em violação adicional da Resolução 2231.

Aprovada por unanimidade em 20 de julho de 2015, a Resolução 2231 endossou formalmente o acordo nuclear internacional, formalmente chamado de Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA). A resolução estabeleceu um plano para remover as sanções da ONU ao Irã em troca de um monitoramento rigoroso de seu programa nuclear, que o país insiste que é pacífico.

Os Estados Unidos retiraram-se do JCPOA em maio de 2018, e desde então Teerã acusou Washington de violar a Resolução 2231. O Irã também negou que seu programa de mísseis viola a resolução.

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