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Manobras espúrias

‘Zap de Moro é para pegar Bolsonaro e soltar o Lula’

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Autor/Imagem:
Jaime Rodrigues Sanchez*

O Brasil está novamente sendo atacado deslealmente pela cabeça jurídica da sucuri. A parte podre da justiça e a mídia desmamada aproveitam-se de um vazamento criminoso encomendado e com objetivos claros de matar dois coelhos com uma só cajadada. Tentam desestabilizar o governo de Jair Bolsonaro ao atacar Sérgio Moro e criar, ao mesmo tempo, ambiente favorável para o julgamento no Supremo, no dia 25, de uma ação que pode dar liberdade a Lula.

Vejam a cronologia do vazamento e das manobras planejadas:

1 – o pedido de suspeição de Sérgio Moro, apresentado pela defesa de Lula, começou a ser julgado em dezembro de 2018. Naquela seção, em manobra protelatória já conhecida, um ministro pediu vista, após dois votos firmados contra a concessão de liberdade a Lula, seguramente para esperar um momento mais propício para tentar virar esse placar;

2 – este momento chegou, criado ou contratado, com a série de reportagens do portal de notícias The Intercept, contendo conversas captadas do Ministro da Justiça, Sergio Moro e do coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol;

3- depois o mesmo ministro que havia pedido vista, solicitou e teve o pleito acolhido pelo presidente da 2ª turma, Ricardo Lewandowski, para levar o caso a julgamento no dia 25 Muita coincidência.

Noticia a mídia que, em entrevista à revista Época, um ministro da Corte pronunciou o seguinte comentário: “Eu acho, por exemplo, que eles anularam a condenação do Lula”, afirmando que a troca de mensagens pode anular a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no caso do triplex no Guarujá.

Certamente, esse será seu voto para a libertação de mais um criminoso. A sociedade espera que esse seja um pensamento isolado ou, pelo menos, que o seja da minoria dos componentes daquele colegiado, pois anular os avanços da operação lava-jato, a esta altura dos processos, seria um retrocesso inaceitável pelos brasileiros.

Em passado recente, foram divulgados diálogos comprometedores entre Presidentes, ex-presidentes, ministros, políticos e empresários, revelando manobras espúrias para evitar prisões, cercear a autoridade de órgãos de investigação, encobrir a autoria de crimes do colarinho branco contra os cofres públicos, além de outros em que empresários comemoram votos de membros da segunda turma do STF para a soltura de criminosos importantes, presos preventivamente. Para esses áudios, foram pedidas investigações para identificar a ilegalidade das fontes e impugnar seus conteúdos.

Agora, vazamentos vazamentos criminosos de diálogos, vindos de fontes sabidamente ilegais e visando minar a credibilidade de uma operação da importância da Lava Jato, dão margem a declarações precipitadas e tendenciosas daqueles que, caso prospere esse absurdo, serão seus julgadores.

Arriscando uma metáfora, diria que existem diferentes tipos de vazamentos.  Os de agora são como um vazamento de água, puro, cujo teor demonstra o objetivo de libertar a Nação da degradação que tomou conta do País nos últimos mandatos e lavar a alma dessa gente sofrida e indignada que exige a sua depuração. Aqueles anteriores são esgotos putrefatos, que circulam corriqueiramente pelos bastidores das instituições corrompidas, entre políticos e magistrados, em busca de abrigo para suas maracutaias.

*Major-brigadeiro da reserva da Aeronáutica

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