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Operação Ali Babá mostra lama de Agnelo do alto do Burj Khalifa

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A produção do filme Operação Ali Babá, baseado em fatos reais sobre corrupção em Brasília, protagonizado pelo governador Agnelo Queiroz (PT), começou a divulgar trechos da película que deve estrear no horário eleitoral.

São cenas fortes e linguagem pecaminosa. É, portanto, desaconselhável para menores de 16 anos. Entretanto, promete fazer sucesso entre adolescentes e adultos que irão votar em outubro próximo.

Há trechos de peculato, de vantagens financeiras, de negociatas e de promessas que rendem dinheiro para muitas estrelas petistas, em detrimento de qualidade de vida para a sociedade.

As primeiras cenas foram rodadas em julho de 2012, no At.mosphere Grill & Lounge, durante jantar que contou com as presenças de Agnelo Queiroz e convidados especiais.

Entre os comensais, Luiz Carlos Alcoforado, advogado do governador, e o diretor de fotografia FF Azevedo, que também incorpora um personagem como ex-consultor de negócios internacionais do Palácio do Buriti.

O At.mosphere Grill & Lounge funciona no 122º andar – precisamente na metade do Burj Khalifa, edifício mais alto do mundo, com 828 metros, erguido em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O ambiente é adornado com paredes e tetos de mogno e pisos de café au lait em calcário. Os tapetes foram confeccionados a mão por artesãs da antiga Pérsia.  O prato mais barato (sem acompanhamentos, sem água mineral) custa 130 dólares. Preço individual.

Foi esse cenário paradisíaco que o roteirista Garganta Profunda, que tomou emprestado o pseudônimo homônimo de Todos os Homens do Presidente, escolheu para ambientar as primeiras filmagens de Operação Ali Babá.

O jantar, extra-agenda, foi classificado de top-secret. As falas eram altamente confidenciais. Entretanto, como em todo filme de gente grande (e graúda), há sempre o vazamento de informações.

Cria-se, assim, um clima de suspense e a expectativa acerca do filme, em especial quando o tema é corrupção e vantagens indevidas no meio político.

Pelo roteiro confiado a Agnelo e a Alcoforado, discutiu-se à mesa do At.mosphere Grill & Lounge a vinda de capital externo para Brasília.

Seriam bilhões de dólares destinados a criar na capital da República um Centro Financeiro Internacional e implantar a área privada do Polo Tecnológico Cidade Digital, ocupando cerca de 1 milhão de metros quadrados.

O diretor de fotografia FF Azevedo, um respeitado político do PMDB paulista, imita o pai do suspense hollywoodiano Alfred Hitchcock, com aparições rápidas nas primeiras cenas feitas em Dubai.

Ele também aparece em outras partes da trilogia Operação Ali Babá, com tomadas na residência oficial de Águas Claras, em restaurantes de Brasília e de Cingapura.

A edição do filme está sendo concluída. O final é trágico. Trata-se de segredo guardado a sete chaves. Mas especula-se que quando for lançado, varrerá Agnelo Queiroz do Palácio do Buriti com muito mais força do que a enxurrada provocada por uma cachoeira.

José Seabra

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