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Fracasso de Agnelo reflete nos aliados que preparam debandada

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A pífia passagem de Agnelo Queiroz pelo Palácio do Buriti está deixando seus aliados em desespero. Com a própria reeleição ameaçada,  a péssima performance do governador começa a refletir  nos planos de quem irá disputar vagas no Congresso Nacional (oito deputados e um senador) e na Câmara Legislativa (vinte e quatro distritais).

A renovação da bancada petista e seus aliados na Câmara Federal deve girar em torno dos 80%. Isso significa que a coligação encabeçada por PT e PMDB fará no máximo dois deputados federais. Quanto ao Senado, o grupo do Novo Caminho deve buscar um atalho pensando em 2018, porque para outubro próximo, não vai dar.

A eleição de Geraldo Magela, ex-secretário da Habitação, cuja candidatura está sendo imposta na aliança em detrimento de outros nomes, é carta fora do baralho. Projeções baseadas em pesquisas de posse de muitos candidatos indicam que se não continuar com Gim Argello (PTB), a única cadeira em disputa deve ficar com Antônio Reguffe (PDT).

As convenções partidárias que acontecerão nos próximos dias devem trazer surpresas, em função do quadro reinante. No cenário que se desenha, reconduções garantidas para a Câmara dos Deputados têm apenas Jacqueline Roriz (PMN) e Izalci Lucas (PSDB).

Na eventualidade de Reguffe manter seu nome para o Senado vão sobrar seis vagas, embora outras três já tenham nomes certos – Alberto Fraga, do DEM, Laerte Bessa, do PR e Augusto Carvalho (SDD). Os petistas terão que se desdobrar para enfrentar uma luta fratricida com alguns (ainda) aliados a exemplo de Alírio Neto (PEN) e Rônei Nemer (PMDB), além do próprio Magela (se o projeto Senado for abortado)  e sua colega petista Érika Kokay

Na aliança da oposição começam a despontar nomes fortes para a Câmara Federal. Ao lado de Jacqueline, Izalci, Bessa  e Fraga, surgem Adão Cândido (PPS), Vítor Paulo (PRB) e Jofran Frejat (PR). É um quadro que dificulta as aspirações de petistas ousados, como o ex-cabo Patrício, Chico Leite e Rafael Barbosa (ex-secretário de Saúde), além do delegado Sandro Avelar, que corre por fora com o aval do PMDB após passar pela secretaria de Segurança Pública sem conseguir reduzir a índices satisfatórios os números da violência.

Para a Câmara Legislativa, é dada como certa a reeleição de Liliane Roriz (PRTB). Com a força do nome – e condicionados os acertos da aliança proporcional – os próprios adversários admitem que a filha do ex-governador Joaquim Roriz será capaz de eleger outros três distritais.  Doutor Michel (PP) e Agaciel Maia (PTC) teriam a reeleição garantida, principalmente se deixarem a base de apoio ao Palácio do Buriti e se aliarem a uma coalizão de oposição.

Pelo PT a tendência é que apenas dois continuem com suas cadeiras (Wasny de Roure e Chico Vigilante).  Já o PDT deve manter Celina Leão e Joe Valle, com as bênçãos de Reguffe.

Das 14 vagas de distritais remanescentes, haveria lugar certo também para Ritinha e Professor Jordenes, ambos do PPS, que chegariam à Câmara Legislativa, respaldados pela candidatura de Eliana Pedrosa ao Palácio do Buriti. Também teriam lugar garantido Valério da Maranata (PPL) e Pastor Egmar (PSC). E se Alírio Neto decidir, como se especula, manter a corrida à Câmara dos Deputados, há a possibilidade de o PEN eleger Luzia de Paula e Toddi Moreno.

Com o se vê, não existem 14 vagas disponíveis, mas apenas oito. Mas tem tucano em condições de alçar voo, e de Democrata empurrado pela força de Alberto Fraga. O funil fica apertado. Vão sobrar seis vagas. Considerada a imagem do governador, com certeza essas cadeiras não serão destinadas a quem colar em Agnelo Queiroz. E é por temer o fracasso nas urnas, que muita gente já começa a bater em portas do outro lado da rua.

Felipe Meirelles

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