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1 a 1

Portugal sofre pressão do Irã e garante vaga chorada

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Autor/Imagem:
Felipe Rosa Mendes

Em um dia apagado de Cristiano Ronaldo, a seleção de Portugal saiu na frente contra o Irã, dominou o jogo, mas cedeu o empate por 1 a 1 no final e esteve perto de levar a virada nos acréscimos, nesta segunda-feira, em Saransk. Apesar do tropeço, que contou até com pênalti perdido pelo astro do Real Madrid, o time português avançou às oitavas de final, quando enfrentará o Uruguai.

A equipe de Portugal, que chegou a liderar a chave no decorrer da rodada desta segunda, terminou em segundo lugar do grupo, com os mesmos cinco pontos da Espanha. Os espanhóis levaram vantagem por terem mais gols marcados. Com 4 pontos, o Irã foi eliminado, assim como já estava o Marrocos, com apenas um ponto.

O suado empate português, que por pouco não virou derrota, foi marcado pelo belo gol de Quaresma, de trivela, ainda no primeiro tempo. No segundo, os portugueses caíram de rendimento, na mesma proporção da “ausência” de Cristiano Ronaldo em campo.

No fim, o Irã cresceu. Empatou com um gol de pênalti confirmado pelo árbitro de vídeo. Nos instantes finais, Mehdi Taremi quase anotou o gol da virada, dando um susto na defesa portuguesa.

Cristiano Ronaldo e companhia vão voltar a campo no sábado, no dia 30 de junho, às 15 horas (horário de Brasília), no Fisht Stadium, em Sochi. A Espanha vai enfrentar o a anfitriã Rússia, segundo colocado do Grupo A, no dia 1º de julho, às 11 horas (de Brasília) no Estádio Luzhniki, em Moscou.

Incomodado com o baixo rendimento de João Moutinho, Bernardo Silva e Gonçalo Guedes nos primeiros jogos, o técnico português Fernando Santos sacou o trio e deu chance a André Silva, Adrien Silva e Quaresma nesta segunda-feira. Os novos titulares não chegaram a resolver as limitações do meio-campo de Portugal. Mas ao menos deixaram a equipe em vantagem no primeiro tempo.

Quaresma, em lance individual, deixou Portugal em vantagem ao marcar belo gol, de trivela, aos 44 minutos de jogo. Com lance, que é quase uma marca pessoal, o meia-atacante resolveu com um chute só dois problemas da sua equipe contra o Irã.

Até o gol, os portugueses eram previsíveis na partida. Rodavam a bola no campo de ataque em busca de um vacilo da defesa iraniana que deixasse Cristiano Ronaldo em boa condição de balançar as redes. O atacante jogava ainda mais isolado em comparação aos dois jogos anteriores.

A previsibilidade se devia à falta de armação no meio-campo, o que escancarava ainda mais a dependência do astro do Real Madrid, que era muito visado pela marcação. Assim, o time português terminou o primeiro tempo com 71% de posse de bola, mas somente duas boas chances de gol – a primeira foi com João Mário, aos 8 minutos, ao desperdiçar rebote do goleiro Beiranvand.

O Irã, por sua vez, precisou de 20 minutos para demarcar as fragilidades do rival no ataque e ganhar confiança para também atacar. Mas as investidas pontuais não chegaram a dar maiores sustos no goleiro Rui Patrício.

A desvantagem no placar, porém, obrigou o time de Carlos Queiroz a sair para o ataque no início do segundo tempo. O Irã começou a etapa final adiantando a marcação, sem maior sucesso. Com limitações técnicas, o ataque iraniano não assustava a defesa portuguesa.

Para piorar a vida do Irã, o juiz anotou pênalti duvidoso sobre Cristiano Ronaldo, mesmo com o auxílio do árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês). Menos mal para os iranianos que o craque bateu mal e o goleiro Beiranvand saltou no canto esquerdo para fazer a defesa, aos 5 minutos.

A marcação da penalidade e outras faltas a favor de Portugal começou a irritar o time iraniano, que passou a cometer mais erros, tropeçando no próprio nervosismo. Ao mesmo tempo, os portugueses não conseguiram aproveitar o momento favorável para “matar” o jogo.

Em partida muito aquém do esperado, Cristiano Ronaldo ainda correu risco de expulsão aos 37 ao fazer falta desnecessária no meio-campo. O árbitro chegou a consultar o VAR, com possibilidade de usar o cartão vermelho, mas assinalou somente o amarelo, para alívio da torcida portuguesa.

Quando a partida parecia decidida, o Irã ressuscitou com uma ajuda do então criticado VAR. O árbitro confirmou pênalti, convertido por Ansarifard aos 47 minutos. E, na base da pressão, os iranianos quase anotaram o segundo gol, já aos 49, com Taremi Quase na pequena área, ele encheu o pé e mandou nas redes, pelo lado de fora, acabando com qualquer chance de classificação do Irã.

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