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Bomba!!!

Hambúrguer de vaca de área desmatada logo virá na cor platinada

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Autor/Imagem:
José Seabra - Foto Divisão de ArtesIA

Em cada lugar do planeta Terra, também chamado Globo terrestre, há um pontinho do poderoso espectro marinho. Porém, é no Brasil que os pontinhos viraram rochas indestrutíveis desde que o rei da comunicação fincou a céu aberto a bandeira que iria transformar o país em um celeiro de novelas produzidas, dirigidas, apresentadas e faturadas dentro de um conceito puramente nacional. O império se consolidou e, como qualquer antagonista, passou a incomodar aqueles que defendem a dolce vita livre de encargos decorrentes da legalidade jurídica.

Em breve, a vaca pode ir para um brejo irmanado, festeiro, bilionário e capaz de converter touros bravos em carneirinhos dóceis como os que já estão no cercadinho. À parte as conversões da esquerda temerária para a direita convergente, o fato é que, provavelmente sem as boas intenções exigidas pelo público consumidor, o império global está ameaçado. Aparentemente – só aparentemente – nada a ver com o povo que, por meio de uma ruptura política, tentou implantar um país sem normas, leis e cobranças desastradamente democráticas.

Ainda carente do tal martelo batido, a ordem é endireitar definitivamente o império global, antes que os defensores do poder igualitário para todos criem asas, ditem moda e acabem protagonistas de mais um folhetim com críticas aos que se mantêm dispostos a trabalhar pelo comando do líder do bloco do Eu Sozinho. Resumindo, a bandeira ornada com tons marinhos tende a ser hasteada em outra freguesia, algo com um pasto repleto de bezerros famintos pelo leite oficial.

Onomatopeia que pode ter diferentes significados, o termo plim plim, além de batizar o protagonista de uma série animada brasileira, já foi usado como expressão para anunciar intervalos comerciais de programas de televisão. E que televisão? A mesma que um dia serviu de garantia para a tomada do poder por senhores armados, mas hoje, curiosamente, se rendeu aos anseios do povo ávido por normas e, sobretudo, por liberdade. Talvez em pouco tempo a gente deixe de se ver por aqui.

É fantástico, mas o ambiente onde todos se encontram e se reconhecem está por um mugido. Como escadas para os contadores de histórias, o plim plim e o platinado da Vênus dominadora dos horários nobres estão ameaçados. Nada mais a ver com a Times. A ameaça vem do campo brasileiro e só depende do estalar de dedos de Sãos Joãos Batistas, manos do tipo siameses quando o negócio é ganhar dinheiro. Portanto, a tendência do tom marinho é mudar para o verde musgo da gadolândia.

Em síntese, tudo indica que, em breve, o império de prata que reverencia a deusa romana do amor, da beleza e da harmonia abandonará o glamour resplandecente do Jardim Botânico, passando a ter como símbolo principal um hambúrguer bovino fatiado em duas ou mais partes e fabricado em áreas capitalistas, mas claramente desmatadas. Certamente não é um negócio da China. Também não é de Lula, muito menos de Nicolás Maduro. Será de Elon Musk? Quem sabe do Trump. Pouco importa. Importante é saber a que rei esse novo símbolo irá servir. Tomara que seja alguém que goste de novelas.

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José Seabra é diretor da Sucursal Regional Nordeste de Notibras

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