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Pontos nos ii

A figura mais desvalorizada da família… mas, será mesmo?

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Autor/Imagem:
Tania Miranda - Foto Francisco Filipino

Hoje vou falar da figura mais desprestigiada do grupo familiar… o pai. Para os filhos nada que o pai faça no seio familiar é suficiente. Ele sempre está deixando de fazer alguma coisa… os filhos cobram da figura paterna aquilo que não cobram de sua mãe, por exemplo. Se a mãe precisa de ajuda, todos correm para acudi-la. O pai, ao contrário, mesmo que peça socorro, dificilmente o terá. E não é porque os filhos não gostam dele. É que não conseguem perceber a fragilidade da pessoa que carrega esse título. O pai tem que ser aquele que está pronto para enfrentar tudo em nome da família, sem jamais pestanejar. Mas não é bem assim que a banda toca…

A pessoa só percebe o quão difícil é “ser pai” quando assume esse papel. Muitos não conseguem e fogem da responsabilidade. São chamados de “covardes” e outros atributos nada lisonjeiros. Mas não é covardia que os faz desaparecer… é medo, mesmo. Afinal eles sabem que, ao assumir esse encargo terão todo o peso do grupo sobre suas costas e nenhum reconhecimento. O prêmio que levarão? Reclamações de todo tipo, da esposa e dos filhos. E por mais que façam nunca estarão à altura do esperado pelo grupo…

Aqueles que seguem em frente e assumem o posto descobrem algo que nunca tinham percebido… a casa não lhes pertence. Quando muito, tem um cantinho para descansar, depois de cumprir as tarefas diárias… e mais algumas que a esposa e os filhos lhe passarem…

O homem é criticado por passar a maior parte do seu tempo longe do lar. O problema é que ele não tem um lar. A casa não é, de forma alguma, o abrigo que ele esperava. A família espera seu apoio incondicional. Mas não lhe dá nenhum tipo de apoio… apenas cobranças. E com o aval de toda sociedade. Pois o papel do homem é sempre o mesmo… provedor do lar, mesmo que a esposa trabalhe e tenha sua renda. Afinal, essa renda é dela. As despesas da casa, transporte, saúde, educação… quem deve prover é ele, o pai. E se por uma fatalidade do destino ele não cumprir seu papel, é um fracassado…

Muito mais poderia ser dito sobre essa figura tão incompreendida e mal-amada, que deve sempre ter uma visão positiva da vida. Nem sempre consegue. E aí, acaba na bebida… mas não pode ficar depressivo… pois, ao contrário da mãe, que tem todo direito de criticá-lo por não conseguir cumprir seu papel social, ele deve seguir calado, aceitando a etiqueta de “culpado” por seus fracassos. E seus filhos só lhe darão o devido valor no dia que tiverem que assumir seu posto… as filhas, dificilmente o entenderão….

Mas vamos torcer para que isso mude um dia, não é mesmo? Vamos valorizar nosso pai, pois é tão importante quanto a mãe na base familiar…

Sejamos o farol de luz que ilumina o seu caminho, para que possamos receber de volta a Luz e o Amor desse ser tão incompreendido… afinal, se ele não existisse, nós também não estaríamos aqui…

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