Os acompanhantes
A última palavra, pode acreditar, é sempre amor
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Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino
Diante da doença, do fim, da despedida, só uma palavra ainda faz sentido: amor. Não aquele das novelas, mas o amor ético, como propõe Cornel West. O amor que se traduz em presença, em escuta, em cuidado.
A Antropologia do Cuidado, desenvolvida por autores como Cheryl Mattingly, mostra como os rituais de atenção ao outro são formas de produzir sentido e dignidade. Amar quem adoece é afirmar que ele ainda importa. Que ele ainda é.
Eu penso em todas as mãos que já segurei nos hospitais. Nos olhos que se despedem sem conseguir falar. No corpo que falha, mas que ainda pulsa vida. A última palavra, mesmo entre aparelhos, mesmo entre lágrimas, sempre será: você não está só.
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