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Abdon ignora ordem de Dilma e deixa Agnelo em maus lençóis

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A Terracap quer vender a Granja do Torto. Um negócio de bilhões de reais para tapar o rombo deixado com a construção do Estádio Mané Garrincha. Contudo, tem gente que prevê um abraço de urso no meio de uma contenda prestes a explodir.

O Governo Federal, acionista minoritário da estatal de terras de Brasília, tem voto sem veto. Mas tem voz. E o Palácio do Planalto gritou. Não quer ver o quintal da presidente Dilma Rousseff se transformar em mais uma cidade-satélite.

Abdon Henrique, presidente da empresa, fez que não ouviu as reclamações. E decidiu tocar o projeto. Atendendo a um pedido dele, a Procuradoria Geral do Distrito Federal estuda mecanismos para tentar neutralizar a ação do Palácio do Planalto.

A briga promete ser feia. O governador do Distrito Federal levou um puxão de orelhas da presidente. Uma fonte do Palácio do Planalto garante que Dilma mandou que Agnelo Queiroz demovesse Abdon dessa ideia.

Entretanto, considerando que a Terracap precisa de dinheiro e como negócio de lote rende muito, os editais para a venda da área começam a ser esboçados. Com ou sem aval de Agnelo. Porque Abdon, a exemplo do seu antecessor, que foi demitido por comparar Agnelo a um bocado de bosta, entende que o governador já não tem forças políticas para impor sua vontade em áreas repartidas entre aliados.

Tanto que, apesar da oposição da presidência da República, o Diário Oficial do Distrito Federal publicou, no dia 16 de janeiro, uma portaria reavendo a área da granja, sob cessão de uso por tempo indeterminado desde 1986.

A Terracap precisa aumentar seu estoque para fazer dinheiro depressa, argumenta Abdon. Mas há um problema a ser vencido – além da própria resistência de Dilma. A área foi negociada com o Ibama nos acertos para a criação da Cidade Digital. Trata-se de terra de transição e retenção de impacto sobre a reserva do Parque Nacional de Brasília.

Porém, mesmo assim, um documento da Terracap deixa claro que a área será destinada a um novo bairro residencial. No mercado imobiliário estima-se que o negócio será bilionário.

Alheios à rota de colisão entre o Palácio do Planalto e o Palácio do Buriti, os empreiteiros que construíram o Mané Garrincha jogam lenha na fogueira. Afinal, se entrar dinheiro na pré-falida Terracap, eles poderão receber 600 milhões de reais em atraso.

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