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Novo cenário

Afinal, o que provocou a extinção dos dinossauros?

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição, com Sputniknews/Foto de Arquivo

Uma nova análise em Dartmouth aproveitou o poder de 128 processadores trabalhando simultaneamente. Milhões de simulações depois, dois pesquisadores acham que têm a melhor explicação para o enigma científico.

Um novo estudo esta semana compartilha as evidências mais recentes de um longo debate entre cientistas sobre o que matou os dinossauros. Agora, os pesquisadores sugerem que foi um caso de gás.

Essa é a conclusão de Brenhin Keller e Alexander Cox, dois geólogos do Dartmouth College que desenvolveram uma nova forma de examinar a questão.

A maioria dos estudos sobre o assunto começa por assumir que a extinção em massa há 66 milhões de anos foi causada por um ataque de asteroide ou por uma erupção vulcânica. Keller e Cox queriam considerar o assunto com o mínimo possível de preconceito humano entrando na equação. Então eles se voltaram para a modelagem computacional.

Para a entrada de dados, eles observaram núcleos cilíndricos de sedimentos perfurados nas profundezas do oceano. Essas camadas de terra, salpicadas de microrganismos chamados foraminíferos, oferecem pistas sobre a acidez dos oceanos ao longo do tempo e a quantidade de dióxido de carbono e enxofre no ambiente.

Presume-se que esses dois gases tenham desempenhado um papel na extinção que matou os dinossauros e 75% de toda a vida na Terra. Mas os cientistas debatem se foram libertados por um ataque de asteroide ou por uma série de erupções vulcânicas.

Keller e Cox simularam diferentes cenários, empregando um modelo estatístico Monte Carlo da cadeia de Markov para calcular probabilidades dadas as evidências recuperadas dos núcleos. Eles descobriram que o gás liberado pelos vulcões era uma explicação suficiente para as mudanças ambientais que significaram a ruína dos dinossauros.

Entretanto, um ataque quase simultâneo de um asteroide, deixando uma enorme cratera no Golfo do México, teve pouco efeito.

Keller e Cox foram auxiliados em seu esforço de modelagem pelo uso paralelo de dezenas de processadores de computador. Realizadas uma após a outra, suas simulações levariam mais de um ano para serem realizadas. Executá-los simultaneamente permitiu que coletassem seus dados em poucos dias.

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