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Americanas dão cabeçadas mais certeiras e vencem Nova Zelândia no Mineirão

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Léo Rodrigues

O estádio do Mineirão estreou nos Jogos Olímpicos de 2016 com um público pequeno. Ao todo, 9.781 mil pessoas estiveram no estádio, mas o público pagante não foi informado. No dia 21 de julho, as autoridades mineiras receberam a informação de que, até aquela data, 5.339 torcedores haviam adquirido ingressos para ver a vitória dos Estados Unidos sobre a Nova Zelândia por 2 a 0 na noite desta quarta (3).

Ao longo do dia, ainda era possível adquirir bilhetes no posto físico do Boulevard Shopping e pela internet aos preços de R$ 40, R$ 60 e R$ 70. A disposição do público no estádio indica que o comitê organizador já esperava uma presença mais modesta. Não foram vendidos ingressos para o anel superior do Mineirão. Os torcedores foram distribuídos entre as cadeiras do anel inferior.

O baixo público foi lamentado pelo supervisor de vendas Weverson Oliveira. “Esperava mais, pensei que fosse estar mais cheio. Mas o clima é legal. Acho que no Rio de Janeiro haverá oportunidade de mais intercâmbio cultural”. Animado com o clima olímpico, ele tem ingressos para praticamente todas as partidas de futebol que irão ocorrer em Belo Horizonte. “Exceto as quartas de final do masculino, porque na mesma data estarei no Rio vendo outras modalidades, como vôlei, hipismo, atletismo, ginástica rítmica”, diz.

Torcida – Com um público majoritariamente local e poucos estrangeiros, os uniformes da seleção brasileira ganhou destaque nas cadeiras. Diversos torcedores também vestiam camisas de Atlético-MG e Cruzeiro, os dois maiores clubes da capital mineira.

Curtir uma partida olímpica se tornou um programa de casal para Rodrigo Cunha e Isabela Santos, ambos bancários. Eles não têm bilhetes para outros jogos, mas consideram que foi possível experimentar o clima olímpico mesmo com o baixo público. “Viemos no Mineirão há duas semanas em um jogo do Cruzeiro, mas o clima é diferente. As pessoas vêm com um espírito de intercâmbio cultural, algumas para treinar um pouquinho o inglês”, diz Isabela.

A experiência só teria sido melhor para Rodrigo Cunha se o resultado fosse diferente. “Viemos fazer o nosso papel, que é secar a seleção tetracampeã olímpica dos Estados Unidos”, revelou ele, ressaltando que as norte-americanas serão um adversário duro se enfrentarem a seleção brasileira. A torcida de Rodrigo não evitou os gols das jogadoras Carli Lloyd e Alex Morgan. Desde que o futebol feminino foi incluído nas Olimpíadas, em 1996, os Estados Unidos só não venceram em uma edição, em 2000, quando perderam a final para a Noruega. Em 2004 e 2008, o ouro foi conquistado após superar o Brasil na final

A maior parte da torcida apoiou a Nova Zelândia e escolheu a goleira norte-americana Hope Solo como alvo a partir do meio do segundo tempo. Antes de vir ao Brasil, ela postou nas redes sociais uma foto utilizando uma máscara de grandes proporções para se proteger do mosquito Aedes aegypti. A goleira também chegou a afirmar que cogitava não disputar os jogos por causa dos riscos de contrair as doenças que ele transmite.

Todas as vezes que Hope Solo ia tocar na bola, parte do público gritava “zika”, em referência a uma das doenças transmitida pelo Aedes. Ao final, entoaram de forma descontraída, “olê olê olê olá, zika”. Foi o único momento em que cantaram uma música, embora houvesse muito entusiasmo a cada lance de perigo proporcionado pela Nova Zelândia.

Na coletiva de imprensa ao fim da partida, a treinadora norte-americana Jill Ellis pediu desculpas em nome de Hope Solo caso alguém tenha se sentido ofendido. Ele enfatizou que a postagem da goleira se tratava de uma brincadeira. “Nós estávamos animadas para vir ao Brasil porque é um povo que aprecia muito o futebol”. Além de Estados Unidos e Nova Zelândia, a partida entre França e Colômbia fecha a rodada de estreia do Mineirão nas Olimpíadas 2016. A capital mineira sediará ao todo dez partidas de futebol masculino e feminino.

Agência Brasil

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