Golpes sujos
Ano de eleição vai valer tudo… e salvem as urnas
Publicado
em
Ano que vem é ano eleitoral, e eu já estou ansiosa. Ansiosa e levemente descompensada. Meu sistema nervoso começa a dar sinal de alerta só de pensar nas tretas que vêm por aí. Quem gosta de política, como eu, sabe: é praticamente um esporte radical emocional. A diferença é que, em vez de capacete, a gente vai de estômago embrulhado mesmo.
As fake news começam a circular antes mesmo dos candidatos confirmarem se vão ou não concorrer. E lá vou eu, surtando às 7h da manhã porque vi um tio dizendo que fulano vai implantar o comunismo usando chips escondidos no feijão do arroz. Eu tento respirar fundo, contar até dez… mas, na terceira fake news, já tô querendo aplicar um bloqueio com afeto.
Ano eleitoral no Brasil não é só campanha, é reality show, é tragédia grega, é stand-up de mau gosto. E tudo isso misturado. Tem previsão de golpe, de carta à nação, de pastor prevendo o apocalipse, e de influencer fazendo live do quartel. E, se bobear, ainda rola uma cadeirada no meio do caminho. Literalmente.
O roteiro é sempre imprevisível. Pode ser que a gente avance. Pode ser que a gente caia de novo no buraco. O fato é que, por aqui, em ano de eleição, tudo pode acontecer. E eu, cá do meu canto, já estou com o coração na mão e os memes prontos.
