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Primeiro passo é assinar

As bandeiras, os corpos e a luta LGBTQIA+ entre nações

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Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino

A adesão do Brasil à declaração de proteção aos direitos LGBTQIA+ na ONU é mais que um gesto diplomático. É um ato simbólico que inscreve o Estado em uma nova narrativa de pertencimento. Ao menos formalmente.

Pierre Bourdieu nos lembraria que as mudanças institucionais são também formas de capital simbólico. E, neste caso, é urgente questionar: de que adianta uma assinatura diplomática se travestis continuam morrendo aos montes nas periferias brasileiras? A assinatura deve ser atravessada por ação concreta.

A Sociologia da Sexualidade, trabalhada por Michel Foucault, nos ensina que o poder se exerce sobre os corpos. Quem pode ser? Quem pode amar? Quem pode existir sem medo? A antropologia queer traz essas perguntas à mesa: não basta proteger direitos, é preciso descolonizar os afetos, os desejos e os espaços.

Enquanto isso, jovens LGBTs continuam escapando de casa, escondendo suas identidades, enfrentando a dor da vergonha e da exclusão. Assinar não é o fim. É apenas o começo.

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