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Ricas em proteínas

Brasil quer baratas na dieta, como sugere a ONU. Vai encarar?

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Carolina Paiva, Edição

As estudantes Andressa Lucas e Lauren Menegon, da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), criaram uma receita cuja principal matéria-prima é uma farinha feita com baratas. O projeto nasceu a partir da orientação da FAO, órgão da ONU que investe em agricultura e alimentação, de incluir insetos na alimentação humana

A barata, segundo cientistas, é é rico em proteína e é ecologicamente correto. Os insetos usados na experiência são da espécie cinérea e cultivadas em um criadouro asséptico em Betim, Minas Gerais. As pessoas que testaram aprovaram a qualidade e o sabor do produto

Fermento, farinha de trigo e baratas são os principais ingredientes de uma inusitada receita de pão criada na Furg. De acordo com os dados da FAO, bilhões de pessoas em todo o mundo já suplementam suas dietas com insetos. Segundo a entidade, os insetos são uma das fontes de proteína mais eficientes do mundo.

Os grilos, por exemplo, convertem alimento em proteína com 2 vezes mais eficiência que as galinhas, 4 vezes mais eficiência que os porcos e 12 vezes mais eficiência que as vacas. Os insetos ainda usam “significativamente menos água e espaço” que o gado, diz a FAO

As baratas usadas na receita da Furg são cultivadas em um criadouro limpo e asséptico. A farinha feita a partir delas mais que dobra o índice proteico dos pães. Um pão comum tem 9,68% de proteína enquanto o pão de barata, com apenas 10% de farinha do inseto, tem 23%. O alimento traz ainda aminoácidos, lipídios e ácidos graxos essenciais.

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