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Criméia

Base naval russa é atacada por mísseis ucranianos

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Bartô Granja, Edição - Foto Reprodução

Um drone atingiu neste sábado, 20, a sede da frota naval russa no Mar Negro, na cidade de Sevastopol. O ataque ucraniano ao coração do poder marítimo russo na Crimeia, península anexada pelo Kremlin em 2014, é mais um desdobramento da contraofensiva das tropas de Kiev. Na sexta-feira, houve disparos no leste, atrás das linhas russas no front.

Autoridades russas não divulgaram a extensão do dano provocado pelo drone, mas imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o local atingido envolto em fumaça. Não se sabe se o drone foi abatido ou a atingiu diretamente o edifício. Moradores da região foram orientados a ficar em casa.

Por meio de nota, o governo ucraniano declarou que coordena uma operação contra alvos russos na península, que, nos últimos oito anos tem sido cada vez mais militarizada.

A recente campanha de ataques da Ucrânia atrás das linhas russas tem levado os habitantes da Crimeia nos últimos dias a uma crescente sensação de insegurança. O primeiro deles ocorreu em 9 de agosto, num bombardeio à base aérea de Saki em que oito caças foram destruídos.

Para Paula J. Dobriansky, uma ex-diplomata americana especializada em assuntos militares, ao ameaçar as linhas de suprimentos russas e enfatizar o controle tênue de Moscou sobre a Crimeia, os ataques tiveram importância logística e simbólica.

“Os ataques também podem representar uma estratégia para não apenas interromper a logística e as linhas de suprimentos russas, mas também colocar a guerra de volta na agenda política doméstica russa”, disse Christopher Miller, professor associado de história internacional da Universidade Tufts.

Em um reflexo dos desafios que Moscou enfrenta, a mídia estatal russa informou que o Kremlin substituiu o comandante da Frota do Mar Negro após uma série de contratempos, incluindo a perda de seu navio principal, o Moskva, em abril.

Mas mesmo enquanto a Rússia enfrenta ataques longe da linha de frente, suas forças continuam tendo a vantagem militar e lançando ataques em toda a Ucrânia. Alarmes de ataque aéreo soaram em toda a Ucrânia, e mísseis caíram sobre a cidade portuária de Mykolaiv, um alvo frequente de ataques russos, no sul, ferindo 12 pessoas. Os mísseis foram disparados do sistema russo de mísseis terra-ar de longo alcance S-300.

Voznesensk, com cerca de 30 mil habitantes, fica a aproximadamente 20 quilômetros da usina nuclear de Pivdennoukrainsk, a segunda mais poderosa da Ucrânia, que possui um total de quatro usinas atômicas. O bombardeio atingiu um prédio residencial e várias casas, especificou o serviço estatal para situações de emergência no Facebook.

A região de Mykolaiv, que sofre regularmente com violentos bombardeios russos, faz fronteira com Kherson, quase inteiramente ocupada por tropas de Moscou desde o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.

O Exército ucraniano, por sua vez, indicou no Telegram que derrubou quatro mísseis de cruzeiro russos do tipo Kalibr perto da cidade de Dnipro. Em Melitopol ocupada pelos russos, o prefeito exilado Ivan Fedorov relatou no Telegram que os ucranianos haviam bombardeado uma base militar russa.

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