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Bafômetro da cannabis

Beber e dirigir é perigoso. E com maconha, piora

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Autor/Imagem:
Mário Camargo, Edição

Beber e dirigir não é uma boa ideia, na verdade é crime em diversos países, em diferentes escalas. No Brasil, a tolerância é zero. E quanto a produtos ilícitos, como a maconha, é proibido guiar sob influência de qualquer tipo. Porém os bafômetros atuais não são feitos para encontrarem vestígios de outros componentes. Até agora.

Segundo a Reuters, empresas nos Estados Unidos começaram a desenvolver e em breve vão colocar nas ruas bafômetros criados para detectar vestígios de maconha na respiração de motoristas. “Com a liberação do uso recreativo em diversos estados, vamos precisar desses equipamentos com o risco de motoristas dirigindo sob a influência de THC [princípio ativo da Maconha]”, disse Brett Meade, que coordena um programa da polícia de Washington.

Além dos 12 estados que permitem o uso recreativo da maconha, outros 33 permitem o uso medicinal, para diversas doenças para as quais já foram comprovados os benefícios do princípio ativo da maconha, como Alzheimer e Parkinson.

As empresas trabalham em diferentes frentes. A Hound Labs, da Califórnia, está desenvolvendo um “profissional”, para uso de forças policiais e que chegará às ruas em 2020. Outras empresas buscam trabalhar com focos mais variados.

A Cannabix Techologies Inc, de Vancouver, no Canadá, desenvolveu um dispositivo “caseiro”. A ideia é uma versão barata que permita a pais detectar se seus filhos fizeram uso da erva antes de permitir que eles saiam de carro.

Segundo um professor de direito da Universidade de Stanford, Robert MacCoun, a justiça ainda terá que entender como lidar com alguém flagrado dirigindo sob influência de maconha. “Diferentemente do álcool, a pesquisa científica ainda não conseguiu estabelecer correlação bem fundamentada entre a quantidade de maconha que alguém consumiu e quão limitado a pessoa pode ficar em suas funções motoras e cerebrais”, disse.

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