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Big techs ensinam bolsonarismo a fugir para evitar cova de sete palmas

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Autor/Imagem:
Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile/Via Pátria - Foto de Arquivo

A fuga de Carla Zambelli, assim como a de Eduardo Bolsonaro, demonstra que o bolsonarismo só é corajoso nas redes sociais ou quando protegido pelo foro privilegiado. O destino de Zambelli é ilustrativo de como as saídas para os bolsonaristas vão diminuindo e porquê a direita tem pressa para se livrar de Jair e lançar Tarcísio de Freitas à presidência.

Mas, o fim eleitoral ou carcerário do bolsonarismo não significa o fim da extrema-direita. Como provou o 2º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal onde funcionários de big techs como a Google e a Meta deram oficinas ensinando o usar a inteligência artificial para espalhar fake news. Aliás, é justamente pela relação carnal entre as big techs americanas e a extrema-direita que o julgamento do Marco Regulatório da Internet no STF foi retomado.

Em partes, como resposta do Tribunal às ameaças de Marco Rubio e Eduardo Bolsonaro desde os Estados Unidos. Em partes, porque como admitiu o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, o STF cansou de esperar que o Congresso e o Executivo tomassem alguma atitude.

Apesar de André Mendonça ter jogado água fria na pressa do Supremo, ganhando tempo para os que torcem pelo bolsonarismo e pelas empresas, o mais provável é que seu voto seja minoritário e que o STF amplie a possibilidade de responsabilização das empresas em caso de conteúdos criminosos compartilhados em suas plataformas.

Na sequência, o governo regulamentaria outras medidas na mesma linha. A questão é saber se STF e governo ganham esta queda de braço ou se os parlamentares vão, mais uma vez, usar o Congresso para legislar em causa própria, como já fez Kim Kataguiri, que jamais seria deputado sem a força destas big techs.

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Ponto é escrito por Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile para o Movimento dos Sem-Terra

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