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Alheio, mas...

Bolsonaristas rejeitam Renan e Maia no comando do Congresso

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Cláudio Coletti

O presidente Jair Bolsonaro assume o governo no dia 1° de janeiro tendo pela frente dois megas desafios: eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e convencer o Congresso Nacional a votar imediatamente a reforma da Previdência. Sem uma reformulação radical no sistema previdenciário, ele não terá como governar o Brasil. Só para 2019 os gastos com Previdência somarão R$ 637,9 bilhões.

Neste ano de 2018, para cobrir as despesas da Previdência, foram desviados recursos que poderiam ter sido aplicados na saúde, educação e segurança pública. E nada foi investido para a recuperação das rodovias, melhoria e ampliação nos aeroportos, portos, ferrovias. Por conta dos gastos previdenciários, o orçamento da União para 2019 prevê um déficit de R$ 139 bilhões.

Para estancar essa sangria bilionária na Previdência, e tornar o país governável, impõe-se a adoção de medidas drásticas, como o corte de vantagens, benefícios, o que atingirá todos os brasileiros. Acontece que nenhum deles, com raras exceções, concorda perder privilégios. Dai a solidariedade dos deputados e senadores de ficarem contra qualquer mudança na Previdência.

Às dificuldades para essa reformulação somam-se a guerra que está começando para a escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado, que ocorrerá no dia 1° de fevereiro.

Os parlamentares que se elegeram na onda que conduziu Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto não concordam que duas raposas tradicionais do cenário politico, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Renan Calheiro (MDB-AL) voltem ao comando das duas casas do Congresso.

Eles já estão em campanha na busca de adesões. Os bolsonaristas alegam que o resultado das urnas em 7 outubro foi no sentido de mudanças na forma antiga de ser fazer politica, dai a rejeição dos dois caciques.

Jair Bolsonaro tem procurado ficar equidistante dessa disputa, alegando que precisa de parlamentares, dos dois lados para manter a governabilidade no Congresso Nacional e garantir no mínimo os 308 votos na Câmara, e 54 no Senado, necessários para aprovação da reforma da Previdência.

Aproveitando a “lua de mel” do novo governo com a sociedade, Jair Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, vêm mantendo contatos diretos com os deputados e senadores para tentar convencê-los da necessidade da reformulação no sistema previdenciário. Estão também tentando atrair os governadores para entrarem nessa luta de convencimento dos parlamentares. E se conseguirem emplacar no comando das duas Casas alguém com quem tenham m ais afinidades, a tarefa ficará, digamos assim, menos complicada.

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