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Saindo do fundo do poço

Bolsonaro fala em ‘jogar pesado’ pela Previdência

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Autor/Imagem:
Marta Nobre

O presidente Jair Bolsonaro está viajando de volta ao Brasil debruçado sobre um calhamaço de papéis. Vem a ser um ‘pacote’ de medidas econômicas capaz, segundo ele, de tirar o Brasil do ‘fundo do poço’. Antes de embarcar ele não eu detalhes. “Vou observar até as vírgulas; quando chegar a Brasília (ele deve desembarcar pouco depois das 20 horas) verei o que fazer”, declarou ainda em em Israel.

Outro tema que vai merecer atenção especial será a reforma da Previdência Social. O presidente pretende ter uma ampla reunião com líderes partidários no decorrer desta quinta, 4, na tentativa de convencer o Congresso Nacional a aprovar as mudanças. Bolsonaro avalia que se a Nova Previdência der certo, o Brasil ‘terá tudo para decolar’.

Ainda em Jerusalém, Bolsonaro demonstrou disposição em ceder em sua proposta de reforma, já que considera o Congresso “soberano para fazer polimentos” e tirar “alguma coisa” do texto. “Isso (conversas com parlamentares) eu tenho que enfrentar, mas conheço a maioria dos parlamentares. Não tenho problemas em dialogar com eles, não”, comentou. Ele disse que não sabia ainda com quem seria a primeira audiência no retorno ao País.

O certo, disse Bolsonaro, é que ele ‘jogará pesado’ na reforma da Previdência. Nestes dias em Israel, ele mostrou preocupação com a possibilidade de as alterações propostas pelos deputados acabarem “desidratando” o projeto original. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já sinalizou que a capitalização do sistema previdenciário e mudanças na aposentadoria rural e na assistência a idosos de baixa renda (BPC) não devem passar no Congresso.

“A gente gostaria que passasse como chegou, mas sabemos que vai ter mudanças. Não existe projeto que não tem mudança, é coisa rara acontecer isso aí, ainda mais um projeto tão amplo, como é o da reforma da Previdência”, observou. Segundo o presidente, não é questão de abrir mão da proposta enviada ao Legislativo. “O deputado que eu fui durante 28 anos, na ponta da linha, sabe onde o calo dele aperta e questiona seu líder, e chega no Rodrigo Maia: ‘Essa questão aqui, se não tirar, a gente vota contra o projeto como um todo'”, disse.

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