Privada sem descarga
Brasil das fraudes abana o rabo para a granfinagem e chicoteia os sem classe alguma
Publicado
em
Uma nação em que os pobres não têm o que comer e que os super-ricos dispõem de isenções fiscais superiores a R$ 800 bilhões não pode ser séria. Na verdade, só deve ser séria na cabeça de pastores, deputados, senadores e loucos que defendem um ex-presidente que, mesmo inelegível, sonha em virar dono absoluto do Brasil, hoje o país das fraudes. De acordo com o Código Penal, comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar. Tudo a ver com a maioria dos membros do atual Congresso Nacional, das igrejas evangélicas e daquele 1% que comanda as finanças brasileiras.
O início, o fim e o meio do Brasil nos últimos tempos é das milícias, do tráfico e dos golpistas dos votos. São golpes cibernéticos, na política, no bolso dos contribuintes, na merreca dos aposentados e, o pior deles, o golpe diário dos políticos remanescentes do castelo de areia no governo de um presidente eleito democraticamente. É a velha história de que as tiranias sempre governam por meio de fraude e força. Quando a fraude é exposta, como foi o golpe fracassado de 8 de janeiro de 2023, os tiranos se voltam exclusivamente para a força.
É o que faz o Congresso Nacional supostamente nacionalista, mas apenas espaço ocupado pelos tomadores do dinheiro público. Tudo em nome do controle sobre o Orçamento da União, da defesa da liberdade tributária para a granfinagem, da safadeza chamada emendas parlamentares e da morte por inanição da classe trabalhadora. A ordem do presidente que se foi, dos presidentes da Câmara e do Senado e da súcia que quer tomar o poder à força é abanar o rabo para os bilionários e multimilionários e chicotear a classe média, principalmente os sem classe alguma.
Hoje, além da sede pelas emendas e do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a taxação dos ricaços e a isenção do Imposto de Renda para os remediados é o mote principal da briga entre os ditadores do Congresso Nacional e o governo de Luiz Inácio, cuja coragem esbarra nas amarras puramente aventureiras de boa parte dos 584 senhores e senhoras parlamentares. Embora pareça uma proposta utópica, um dia ainda elegemos deputados e senadores menos medíocres, menos rabugentos e mais comprometidos com as causas do povo.
Luiz Inácio pode não ser o presidente dos sonhos de muitos brasileiros. Entretanto, é de outros tantos nacionais. Mesmo contra os sanguessugas e parasitas denominados parlamentares, Lula vem tentando taxar banqueiros, investidores, agropecuaristas, desembargadores, juízes federais, donos de big techs e grandes varejistas, entre outros segmentos milionários. Não consegue porque os riquinhos da Faria Lima e Avenida Paulista ou são blindados pelas excelências às quais financiam ou são os próprios deputados e senadores. Enfim, estamos nas mãos de fraudadores.
A situação é aterrorizante para um país com as dimensões e o potencial econômico do Brasil, mas, como dizem os pensadores, quando a política deixa de ser uma arte e passa a ser uma fraude, é preciso confrontar as palavras com as ações. É tanta fraude, tanta corrupção no entorno da Praça dos Três Poderes que estamos longe de parecer uma República. Talvez uma privada sem descarga. As eleições de 2026 estão próximas. O golpe está aí. Cai quem quer. Até lá, fico com a máxima de que todos os homens são fraudes. A única diferença é que alguns admitem isso. Os deputados e senadores negam e morrem negando.
…………………….
Misael Igreja é analista de Notibras para assuntos políticos, econômicos e sociais