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Brasil não é só Neymar, mas que o menino-gol faz falta, faz

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Para conseguir uma vaga na final da Copa do Mundo diante da Alemanha, nesta terça-feira, os jogadores brasileiros tentarão colocar em prática o que disseram depois da vitória sobre a Colômbia: a Seleção não é só Neymar. Porém, a ausência do jogador terá um impacto indiscutível na produção do ataque canarinho.

Se é impossível fazer cálculos em dias ausentes do camisa 10 por ele ter atuado em todos os jogos com Luiz Felipe Scolari, uma análise dos 53 gols desde fevereiro de 2013 mostram que 68% deles tiveram a participação do craque. Quando não marcou ou deu passes, o atacante ajudou na construção da jogada.

Neste período Neymar marcou 15 gols, deu 12 assistências e participou ativamente de nove jogadas concluídas com sucesso. O camisa 10 se limitou a aplaudir os companheiros em 27 destes gols. Na Copa do Mundo, o atacante deixou seu toque em seis dos 10 marcados.

Ao todo a Seleção fez 25 jogos com Felipão: 18 vitórias, cinco empates e duas derrotas. Em apenas seis – incluindo duas partidas que o Brasil não marcou – o atacante não participou da construção de jogadas que resultaram em gol.

A pouca influência de Neymar em lances decisivos ocorreu principalmente nos primeiros jogos da era Felipão. O atacante chegou à Copa das Confederações pressionado por ainda não ter em seu currículo grandes partidas com a Seleção. Porém, seu futebol acompanhou a evolução da equipe e ele passou a fazer a diferença.

O índice de participação de Neymar é de longe o maior da Seleção. Levando em consideração este histórico, vai crescer a importância do atacante Fred, que marcou 11 gols, deu cinco assistências e teve participação ativa em outros dois. O mais significativo é que em apenas dois destes Neymar teve participação direta em lances com o camisa nove.

Jogador disciplinado taticamente que tem se sacrificado com Felipão, Oscar deve ganhar mais liberdade para decidir. Os números mostram que o camisa 11 tem ajudado a Seleção em roubadas de bolas e chegadas ao ataque. Desde que o treinador assumiu o cargo, o meia tem cinco assistências, seis gols e participação em outros quatro.

Chama a atenção também a importância de Marcelo na criação de jogadas. Ele ainda não balançou as redes com Felipão, mas contabiliza três assistências e cinco participações em gols.

Na última vez que o Brasil jogou sem Neymar, em maio de 2012, Hulk se sobressaiu: marcou dois gols na vitória por 3 a 1 sobre a Dinamarca. Com Felipão o atacante tem três gols, quatro assistências e três participações diretas em gols.

Provável substituto de Neymar, Willian estreou apenas no final de 2013 com Felipão e foi titular apenas por uma vez. Mesmo assim tem dois gols e participação direta em outro.

A análise de cada gol da Seleção Brasileira ainda impressiona pelo número expressivo de aproveitamento de desarmes: 12 foram marcados desta maneira, uma a menos do que em bolas paradas, outra arma que Felipão aposta para surpreender os alemães.

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