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Acesso a computador

Brasil ocupa última posição em educação virtual

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

O Brasil tem apenas quatro cursos de e-learning e fica em último lugar entre os países pesquisados no quesito “acesso a computadores”, que contempla apenas 39,4% da população. É o que revela estudo sobre reflexos da pandemia do novo coronavíru. O trabalho examina a infraestrutura digital de 32 países para descobrir quais estão melhor preparados para esta mudança

Há revelações preocupantes. Os tutores online no Brasil, por exemplo, ganham apenas R$24,39 por hora, comparado a R$98,69 nos Estados Unidos. E a Noruega está em primeiro na lista de infraestrutura para e-learning, com 94,5% da população tendo acesso a um computador.

O levantamento é da plataforma digital de aprendizado Preply e mostra a infraestrutura de tecnologia e acessibilidade pelo mundo. O estado da infraestrutura digital, o número de cursos de educação digital e o mercado de e-learning foram analisados para descobrir quais países estão melhor preparados para a transformação para o aprendizado online.

O fechamento das escolas, como resultado do coronavírus, mostrou a fraqueza exacerbada da infraestrutura digital no Brasil. O estudo compara a infraestrutura digital do Brasil com outros países pelo mundo para identificar áreas que necessitam de desenvolvimento. Dados pertinentes foram analisados no campo da infraestrutura digital dos países, ofertas de educação digital, e o mercado de e-learning, para dar uma visão abrangente dos múltiplos fatores que influenciam o acesso ao e-learning.

“Nós estamos convencidos de que o e-learning tem um grande potencial para melhorar as oportunidades de educação pelo mundo” disse Kirill Bigai, CEO da Preply. “A pandemia do coronavírus demonstrou que o acesso à educação digital é distribuído de forma desigual, mas existem grandes oportunidades para começar a investir na infraestrutura digital necessária para uma mudança nacional para o aprendizado online. Este estudo tem o objetivo de descobrir até que ponto todos os estudantes têm acesso a ferramentas e recursos digitais adequados.”

O Brasil está em 31° no índice geral, na frente apenas da Rússia, apesar de ter menor acesso a computadores e um internet de banda larga mais lenta. O Brasil tem o segundo maior número de estudantes – mais de 52 milhões – atrás apenas dos Estados Unidos, com 77 milhões. No entanto, apesar disso, o Brasil tem apenas quatro cursos online de ensino superior, o menor número da lista, comparado com 9.303 cursos nos Estados Unidos. Isso revela que o Brasil tem um grande mercado de aprendizado online para ser mobilizado.

Outras descobertas:
O México está em 30° na lista. Apenas 44,3% dos mexicanos possuem acesso a um computador privado, e a internet lenta torna à colaboração em tempo real impossível.

A velocidade de download em dispositivos móveis na Rússia é de 22,8 Mb/s, e o valor médio para um tutor online na Rússia é de apenas R$17,39, o mais baixo da lista.

O Canadá oferece a melhor relação custo/benefício quando se trata de acesso à internet. Além disso, o governo canadense investe cerca de 31% do PIB per capita em ensino superior.

Dados internos da Preply revelam que o maior crescimento do mercado no ano passado foi em Portugal.

O Japão está surpreendentemente apenas no 26° lugar. A tecnologia avançada do país oferece um rico mercado para o e-learning, mas a lentidão da internet e oportunidades inadequadas de educação digital estão limitando o potencial para o aprendizado online.

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