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Abre ou fecha?

Brasil tem 16 mi de casos e vem aí uma 3ª onda

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

O Brasil ultrapassou neste sábado, 22, a marca de 16 milhões de pessoas que foram ou se encontram contagiadas pelo novo coronavírus. O total exato é de 16.047.439. Somente nas últimas 24 horas foram registradas 76 mil 490 infecções, informa boletim do Conass.

Diante desse quadro, que piora com um número de mortes cada vez mais crescente, a Fundação Oswaldo Cruz, que produz a vacina da AstraZeneca, teme  que o Brasil se exponha a uma terceira e mais grave onda da Covid.

Com números cada vez mais alarmantes (de sexta para sábado morreram mais 1 mil 899 pessoas por complicações da doença, elevando o total de óbitos para 448 mil 208) a Fiocruz adverte que a situação da pandemia voltou a piorar em pelo menos oito Estados. Em outros dez, a tendência de queda nos números está se estabilizando, o que também representa uma preocupação.

“Como vem sendo alertado desde a atualização da semana 14, diversos desses estados ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020”, aponta o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe, num comunicado divulgado pela Fundação.

“Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão de covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”, completa o especialista.

Em primeiro lugar, esses indícios sugerem que o retorno às atividades econômicas e sociais aconteceu muito cedo, diz a Fiocruz. Ao primeiro sinal de arrefecimento, muitos prefeitos e governadores aliviaram as medidas restritivas tomadas anteriormente, que reduziram de forma considerável a quantidade de pessoas fora de casa.

Com mais gente nas ruas, o coronavírus também voltou a circular com maior intensidade. Mais gente infectada, por sua vez, é sinal de uma maior procura por pronto-socorros e postos de saúde, num momento em que as taxas de ocupação de leitos continuam bem longe do ideal.

E isso pode representar uma piora na situação da pandemia nas próximas semanas. “Tal situação, caso ocorra, não apenas manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos como também manterá a taxa de ocupação hospitalar em níveis preocupantes, impactando todos os atendimentos, não apenas aqueles relacionadas à síndromes respiratórias e covid-19”, aponta Gomes.

Portanto, um aumento das internações pode aprofundar ainda mais a crise sanitária, aumentar os casos e mortes por covid-19 e levar a um novo colapso do sistema de saúde, o que alguns epidemiologistas encaram como uma “terceira onda”.

Diante de um possível novo aumento, o ideal era que o Brasil adotasse medidas mais rígidas, que envolvessem não apenas uma interrupção das atividades econômicas e sociais, mas também um amplo programa de testagem, isolamento de casos e rastreamento, controle das fronteiras e vigilância genômica de novas variantes.

“Junto com isso, precisaríamos de um Estado empenhado em proporcionar alívio financeiro às famílias em situação de vulnerabilidade e aos pequenos comerciantes e empresários de pequeno ou médio porte”, pontua Orellana.

A descoberta recente dos primeiros seis casos no país da linhagem B.1.617, detectada pela primeira vez na Índia, também liga o sinal de alerta e precisa ser acompanhada de perto pelas autoridades sanitárias, avisa a Fiocruz:

1) Do ponto de vista individual, é primordial que todos tomem as medidas necessárias para proteger a si e a todos ao redor, que passam invariavelmente por sair de casa o mínimo possível.

2) Caso seja necessário ir à rua, todas as recomendações de prevenção continuam a valer: use máscaras (de preferência, PFF2 ou N95), mantenha distanciamento físico de pelo menos 1,5 metro de outras pessoas, lave sempre as mãos e dê preferência a locais abertos, bem arejados e com boa circulação de ar. E, quando chegar a sua vez, vá até o posto de saúde para receber a vacina.

3) E, quando chegar a sua vez, vá até o posto de saúde para receber a vacina.

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