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Milhões na rua

Brasil tem metade dos trabalhadores sem emprego

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Os estragos do novo coronavírus continuam com reflexos cada vez mais negativos na economia brasileira. O quadro, dramático, aponta que apenas 49,5% das pessoas com idade de trabalhar estavam ocupadas no trimestre encerrado em maio, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo IBGE. Esse é o menor nível de ocupação desde o início do levantamento, em 2012.

“Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o nível da ocupação ficou abaixo de 50%”, diz Adriana Beringuy, analista da pesquisa. “Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. Isso nunca havia ocorrido na PNAD Contínua”, acrescenta. Ou seja: mais da metade da população com idade para trabalhar está desocupada.

O mercado de trabalho mostrou nos três meses até maio perda de vagas generalizadas, como consequência das medidas de paralisação para contenção do coronavírus, com comércios e indústrias sendo mantidos fechados e as pessoas em isolamento social.

Ainda, de acordo com o levantamento, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, ante 11,6% até fevereiro. Dessa forma, o contingente de desempregados no Brasil entre março e maio atingiu 12,710 milhões, de 12,343 milhões entre dezembro e fevereiro.

Isso significa mais 368 mil pessoas à procura de trabalho em relação no trimestre até maio em relação aos três meses anteriores período anterior.

Ao mesmo tempo, o total de pessoas ocupadas teve recuo a 85,936 milhões, queda de 8,3% sobre o trimestre imediatamente anterior – ou 7,8 milhões de pessoas que saíram da população ocupada – e de 7,5% ante o mesmo intervalo de 2019.

“É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”, completou Beringuy.

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